“Teve falha humana [no apagão que atingiu o Nordeste], sem dúvida nenhuma”, disse Hübner. “A proteção do equipamento não foi devidamente programada”, completou ele, referindo-se à proteção da linha de transmissão entre as subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA), que ficou inoperante na sexta-feira. Por conta disso, a segurança do sistema não funcionou, o que teria contribuído para a extensão do apagão.
“Estamos buscando uma série de ações para coibir esse tipo de falha. O sistema brasileiro, que é tão sofisticado, tem que ter níveis de cobertura, em termos de procedimento, que não pode a ação de um elemento qualquer causar um defeito. Temos que ter essas proteções e é isso que vamos buscar”, disse Hübner.Hübner afirmou que o governo está discutindo uma série de ações para melhorar a segurança do sistema elétrico nacional. Nas últimas semanas, foram registradas várias falhas no fornecimento de energia no país, o que levou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, a admitir na semana passada, pela primeira vez, que esses problemas “não são normais.”
O relatório final sobre o apagão ocorrido na semana passada em nove estados no Nordeste deve ser finalizado nesta quarta-feira pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), segundo informou o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann. De acordo com o ministério, a conclusão final sobre o motivo do apagão é do ONS, por meio do relatório.
Na segunda-feira, o ministro também destacou que a proteção da linha de transmissão entre as subestações de Colinas e Imperatriz ficou inoperante, e que, por isso, a segurança do sistema não funcionou "A proteção dessa linha estava inoperante no dia, está sendo apurado agora se houve falha humana ou de procedimento da empresa", disse.
Na semana passada, o ONS havia dito que a provável causa do apagão foi “um incêndio numa chave seccionadora de um equipamento, entre as subestações de Colinas e Imperatriz, na interligação que liga os sistemas Norte/Nordeste ao sistema Sul/Sudeste".
fonte: g1.com
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