Protesto foi iniciado na manhã desta quinta (29) em São Francisco do Oeste. Moradores querem que a adutora passe a abastecer o município.
Um grupo de trabalhadores rurais - durante um protesto iniciado na manhã desta quinta-feira (29) - rompeu parte da tubulação de uma adutora de engate rápido que passa às margens da BR-405, na entrada da cidade de São Francisco do Oeste, na região do Alto Oeste potiguar. O município é um dos oito municípios do estado em colapso no abastecimento de água e um dos 152 em estado de calamidade por causa da seca.
Segundo o inspetor Aliathar Gibson, da Polícia Rodoviária Federal, os agricultores questionam a falta de um canal da referida adutora para o abastecimento no município. “A tubulação passa pelo município, mas não abastece a cidade”, explicou o inspetor.
Além do rompimento da tubulação, os trabalhadores interditaram a pista. Pneus e galhos de árvores foram incendiados, bloqueando a passagem de veículos. Ainda de acordo com o inspetor, uma equipe da Caern chegou ao local na tentativa de reparar a tubulação afetada.
Segundo a Caern, atualmente a cidade de São Francisco do Oeste está em colapso pela baixa no Açude São Gonçalo. Somente um poço é usado para fornecer água, mas este não tem capacidade suficiente para atender sozinho toda a população. Por isto, o faturamento permanece suspenso desde novembro de 2013, quando a cidade iniciou um sistema de rodízio. A complementação de água é feita pela prefeitura da cidade, que contrata o serviço de carros-pipa para atender os moradores.
Situação crítica e prejuízos
Segundo o próprio governo do Rio Grande do Norte, o estado enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos. Dos 167 municípios potiguares, 152 estão em situação de emergência por causa da estiagem prolongada. O decreto, o sétimo consecutivo desde abril de 2012, tem validade de 180 dias e foi publicado ainda no governo Rosalba Ciarlini, em setembro do ano passado. Confira AQUI a relação completa das cidades atingidas.
Na época, a Secretaria Estadual de Agricultura estimou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões para a produção agropecuária, equivalente a uma redução de 56,9% na contribuição do setor rural para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do RN.
G1 RN
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