quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Com sede população rompe adutora em cidade com colapso de abastecimento no RN

Protesto foi iniciado na manhã desta quinta (29) em São Francisco do Oeste. Moradores querem que a adutora passe a abastecer o município.
Um grupo de trabalhadores rurais - durante um protesto iniciado na manhã desta quinta-feira (29) - rompeu parte da tubulação de uma adutora de engate rápido que passa às margens da BR-405, na entrada da cidade de São Francisco do Oeste, na região do Alto Oeste potiguar. O município é um dos oito municípios do estado em colapso no abastecimento de água e um dos 152 em estado de calamidade por causa da seca.

Segundo o inspetor Aliathar Gibson, da Polícia Rodoviária Federal, os agricultores questionam a falta de um canal da referida adutora para o abastecimento no município. “A tubulação passa pelo município, mas não abastece a cidade”, explicou o inspetor.

Além do rompimento da tubulação, os trabalhadores interditaram a pista. Pneus e galhos de árvores foram incendiados, bloqueando a passagem de veículos. Ainda de acordo com o inspetor, uma equipe da Caern chegou ao local na tentativa de reparar a tubulação afetada.
Segundo a Caern, atualmente a cidade de São Francisco do Oeste está em colapso pela baixa no Açude São Gonçalo. Somente um poço é usado para fornecer água, mas este não tem capacidade suficiente para atender sozinho toda a população. Por isto, o faturamento permanece suspenso desde novembro de 2013, quando a cidade iniciou um sistema de rodízio. A complementação de água é feita pela prefeitura da cidade, que contrata o serviço de carros-pipa para atender os moradores.

Situação crítica e prejuízos
Segundo o próprio governo do Rio Grande do Norte, o estado enfrenta a pior seca dos últimos 50 anos. Dos 167 municípios potiguares, 152 estão em situação de emergência por causa da estiagem prolongada. O decreto, o sétimo consecutivo desde abril de 2012, tem validade de 180 dias e foi publicado ainda no governo Rosalba Ciarlini, em setembro do ano passado. Confira AQUI a relação completa das cidades atingidas.

Na época, a Secretaria Estadual de Agricultura estimou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões para a produção agropecuária, equivalente a uma redução de 56,9% na contribuição do setor rural para a formação do Produto Interno Bruto (PIB) do RN.


G1 RN

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