quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Padrasto é preso por dopar mulher para estuprar 3 enteadas por 10 anos no MA

Olímpio Cardoso Neto, 52 anos, admitiu que dopava a mulher para cometer abusos durante as madrugadas. (Foto: Yala Sena / Especial para Terra)
Com base em laudos, reconstituição do crime e depoimentos, a Polícia Civil do Maranhão prendeu nesta terça-feira um padrasto acusado de abusar sexualmente das três enteadas no município de Timon (MA). Segundo relatos das vítimas, o pedreiro Olímpio Cardoso Neto, 52 anos, dopava a mulher e violentava no período da madrugada as meninas. Exame de corpo de delito comprovou que a criança mais nova, de 6 anos, foi sistematicamente agredida, o que provocou o rompimento do hímen.

A delegada Wládia Holanda de Lima, titular da Delegacia da Mulher de Timon, informou que os abusos aconteciam há mais de 10 anos, segundo depoimento das enteadas. "Elas contam que ele tocava nas partes intimas com o dedo, e as obrigavam a colocar sua genitália na boca das meninas. Além da violência sexual, elas eram torturadas psicologicamente e agredidas até com facão", disse a delegada.

A enteada mais velha, hoje com 18 anos, contou à polícia que era abusada desde os 5 anos. C.G.S.S. esperou atingir a maioridade para denunciar o padrasto. Ela relatou que a mãe, a desempregada B.L.S, 39 anos, enfrenta problemas de esquizofrenia e faz tratamento psicológico. "Ele me ameaçava até com facão, dizia que ia me matar e a minhas irmãs se eu contasse. Uma vez ele chegou a derramar esperma em meu corpo", disse a enteada para a delegada.

A polícia fez uma reconstituição com a menina de 6 anos, usando uma boneca. "Ela relata todos os passos e mostrou que ele abusava dela usando os dedos", disse.

A outra vítima, a estudante K.G.S, 16 anos, era abusada desde os 10 anos. Segundo a irmã, ela não aguentou os abusos e foi morar com o pai em São Paulo. As meninas estão em um abrigo de Timon.
Jovem decidiu denunciar o padrasto após completar 18 anos. (Foto: Yala Sena / Especial para Terra)

A delegada informou que ele irá responder por crime de estupro de vulnerável e ameaças. A prova contra o padrasto é o laudo e os depoimentos das meninas. "O que mais me choca é a sua frieza", disse a delegada.

Na presença da polícia, o pedreiro confessou os abusos e revelou que por quatro vezes violentou a filha de 6 anos, e cometia os estupro pela madrugada. "Não sei explicar. Não sei o que passava por mim, mas fazia os abusos", disse o padrasto na presença da delegada.

*Terra 

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