sábado, 12 de abril de 2014

Dilma afirma que inflação no Brasil é “momentânea”

São Paulo (AE) - A presidente Dilma Rousseff assumiu nesta semana, em seus discursos, um tom mais enfático sobre as melhorias realizadas no País durante o governo do PT e sobre a situação econômica do País. Ontem, ela garantiu que o governo irá controlar sistematicamente a inflação.

‘Mantemos sistematicamente um controle na inflação’, diz Dilma

“Nós mantemos sistematicamente um olho e um controle na inflação, mesmo quando, devido à seca que ocorre no sudeste e à chuva torrencial no Norte, tivemos impactos em alguns produtos alimentares”, garantiu. “É importante olhar que isso é momentâneo e, em segundo lugar, que há produtos que enquanto alguns sobem, outros caem, e a inflação iremos controlar sistematicamente”, assegurou.

O discurso da presidente vem dois dias depois da divulgação do IPCA de março, que acumula alta de 6,15% em 12 meses. “O Brasil hoje tem uma situação em relação ao resto do mundo de baixa vulnerabilidade. Acumulamos US$ 378 bilhões de dólares de reservas”, completou ainda. “No mundo, poucos países têm a relação de endividamento que o Brasil como País tem, nossa dívida líquida sobre o PIB é de 33,8%. É uma das mais baixas do mundo”, completou a presidente, que disse ainda que o Brasil tem robustez fiscal e “jamais” enfrentou a crise “às custas do trabalhador ou do empreendedor”.

Medidas
Além de defender a situação econômica do País, a presidente saiu em defesa das medidas empreendidas pelo seu governo. “Nesse período, nós reduzimos sim impostos”, disse. “É interessante que muitas vezes no Brasil, você é criticado por ter o cachorro e outras vezes por não ter o mesmo cachorro”, disse, em referência às críticas quanto à desoneração tributária. “Nós reduzimos sim impostos, principalmente sobre a folha de pagamentos porque era uma forma de melhorar a produtividade do trabalho. Reduzimos sim e era necessário.” 

Ela destacou que o governo fez políticas de sustentação do investimento e de expansão da infraestrutura.

“Não é possível criticar simultaneamente por não fazer projetos para melhorar a saúde pública e criticar investimentos em saneamento”, criticou. “A equação no Brasil tem de fechar. E aí a responsabilidade de cada um de nós tem de aparecer.”

As declarações foram dadas em Porto Alegre (RS), durante a inauguração de um sistema de esgotamento sanitário na capital gaúcha.

AE/TRIBUNA DO NORTE

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