terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Assessor de Clodovil fala sobre exposição em Portugal

Ele conta as novidades do instituto e das coisas que faziam parte da vida do estilista

Assessor de Clodovil fala sobre exposição em Portugal - Divulgação Clodovil se tornou inesquecível, seja por suas criações no mundo da moda, por suas polêmicas ou por sua atuação na política. E, ao que tudo indica, ele vai permanecer na lembrança de muita gente, por conta de exposições e outras formas de mostrar a trajetória do costureiro que se tornou comunicador e político.
Em conversa com O Fuxico, Mauricio Petiz, que trabalhava como seu assessor e hoje cuida do Instituto Clodovil e de um acervo de coisas pessoais do estilista, contou o que já foi feito e o que vem por aí para homenagear o saudoso Clô. Confira
O Fuxico: Como está o Instituto Clodovil?
Maurício Petiz: O instituto completou 2 anos no dia 23 de novembro. Já fizemos duas exposições em Ubatuba, uma na Praia  Grande, litoral Sul de São Paulo, uma em São paulo e uma em Caxias do Sul. Para 2013 fomos convidados para mandar uma roupa feita por ele para Portugal, através da FAAP (Fundação Armando Alvares Penteado) que já fez uma exposição de moda por aqui este ano e agora vai mostrar tudo por lá.
OF: Vai haver também uma exposição estilo retrospectiva aqui no Brasil, não é?
MP: Sim, em março, quando completa 4 anos da morte dele, vamos fazer uma exposição retrospectiva na Universidade Santa Cecília, que fica em Santos (litoral Sul de São Paulo). Lá, eles têm faculdade de jornalismo e de Moda também. Vamos fazer uma retrospectiva da vida dele. A idéia é criar um ambiente de moda, como se fosse a réplica de um ateliê de costura, com um outro ambiente que tratará do lado comunicador de Clodovil, que trata da parte da mídia, de programas de TV, rádio, teatro e cinema da qual ele fez parte. E também uma parte do político que ele foi.  Também teremos um outro espeço que se chamará Intimidades, com algumas coisas pessoais que ele personalizou, como os monogramas que ele criou. Vamos reunir estas coisas.
OF: Como está o caso da residência dele em Ubatuba, litoral Norte de São PAulo? Vai haver demolição mesmo?
MP: O Instituto junto com a prefeitura de Ubatuba, através do prefeito Eduardo César, junto ao Parque Estadual da Serra do Mar está tentando que não aconteça a demoliçã, mesmo que parcial da casa, pois é de interesse do município e do público também. Estamos tentando compor esta parte.
OF: Como assim, demolir só uma parte?
MP: Clodovil era ousado e fez coisas que não podia na área. Não vamos fazer isso. Como isso deixa de ser pessoal, de ser vaidade dele, acho que hoje  a tendência é se acomodar de alguma forma, com a casa como está. Para qualquer ação demolitória naquele espaço, mesmo que pequena, você causa outro dano ambiental, ou seja, fere a Mata Atlântica. Depois que ele faleceu, temos preservado mais o lugar, não se mexe em nada para não ter problema nenhum. Qualquer demolição ali causa, indiscutivelmente, um impacto ambiental. A idéia então é manter. Existe o processo de demolição mas estamos tentamos reverter. Mesmo sendo demolida uma parte, e não a casa inteira, pois tem partes ali que foram construídas dentro da lei ambiental, mesmo assim, mesmo demolindo os espaços que ele construiu sem autorização, hoje, demolir significa causar um dano enorme à natureza.

 
OF: E o que fará ali, caso seja mantida toda a estrutura?
MP: Estou tentando, através da inventariante, Maria R. Pereira de Queiroz, que já vendeu tudo,  junto ao juiz e Ministério Público, que eles nos cedam a casa, pois está totalmente vazia já, não há nada do Clodovil lá dentro. Estou pleiteando a casa para usar para visitação pública. A idéia é montar espaços com audiovisual, onde as pessoas possam ver todos os vídeos feitos ali, para saber como era a casa viva. É uma idéia de colocar fotos grandes, ampliadas, dentro de cada ambiente. Por exemplo, no quarto colocaria uma foto de como era, o que tinha no quarto. A pessoa entra e vê como o Clodovil mantinha seu dormitório. Tenho algumas toalhas, lençóis, coisas que ele personalizou que fariam parte do ambiente. São fragmentos do que foi aquele lugar. Essa idéia é para o primeiro semestre de 2013.
OF: Tem mais algum projeto?
MP: Estou viabilizando uma exposição em São Paulo, que trata só da roupa pessoal dele, como ele se vestia. Como fiquei com acervo todo, quero mostrar os ternos, as gravatas, os lenços, calçados, chapéus, guarda-chuvas, tudo que tenho dele. E ilustrar cada coisa com fotos dele usando estas coisas também. 

fonte: O FUXICO.COM

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