terça-feira, 27 de novembro de 2012

Pastor evangélico é suspeito de ter abusado de seis meninas em Rondônia, diz MP

Menina de 11 anos conta que pastor a atacou durante carona para a escola (Foto: Eliete Marques/G1)
Menina de 11 anos conta que o pastou a molestou

Quatro mães denunciam pastor evangélico por ter abusado sexualmente das filhas delas, em Ariquemes (RO). Devido às denúncias registradas na Polícia Civil, o pastor Sérgio Galvão ficou preso durante 14 dias, mas obteve liberdade provisória. 

Segundo o Ministério Público, seis crianças entre sete e 11 anos de idade foram vítimas do pastor. A mãe de duas vítimas conta que o primeiro caso foi descoberto no fim de agosto, quando uma criança de 10 anos revelou abusos sexuais por parte do pastor da Igreja de Deus Pentecostal do Brasil, localizada no Bairro União I. 

A técnica em enfermagem, que prefere não ter o nome divulgado, conta que frequentava a igreja há quatro anos e que o pastor também abusou sexualmente de suas duas filhas, uma de oito e outra de 10 anos, portadora de síndrome de down. Minha filha chorava muito, até que contou que o pastor a beijou na boca, com língua e passou a mão nos peitos,"

 Na primeira situação, a criança de oito anos teria contado à mãe que o pastor teria a molestado. “Minha filha chorava muito, até que contou que o pastor a beijou na boca com língua e passou a mão nos peitos, bumbum, pernas e vagina. E, ainda disse a ela que não podia contar a ninguém, pois aquilo era um segredo deles”, relata. 

Depois do relato da filha, a mãe conta que entrou em contato com a esposa do pastor, que levantou a possibilidade da criança estar mentindo. Depois disso, uma comissão da coordenação da igreja marcou para falar com a mãe da menina, a esposa e o pastor na igreja. “Eles começaram a conversar conosco e disseram que tínhamos que perdoá-lo. Depois ele [o pastor] chegou e confessou que havia beijado a menina e passado a mão no corpo dela e disse que este era o lado podre do evangelho”, lembra. 

Conforme a mãe, na reunião, o pastor teria dito que iria se entregar à polícia, enquanto a esposa Raimunda chorava e pedia para ela não registrar boletim de ocorrência. “Saímos da reunião direto para delegacia para registrar ocorrência. Até então eu nem imaginava que ele [pastor Sérgio] tinha feito isso com minha outra filha com síndrome de down. Mas levei as duas na Delegacia da Mulher e a psicopedagoga conversou com a menor, que revelou que o pastor também tinha passado a mão em seu corpo. É uma dor imensa, saber que a pessoa que se dizia nosso pastor, que pregava o evangelho fez uma coisa dessas. Ele confessou na igreja e hoje ele mente. Minha filha ficou traumatizada, ela chora o tempo todo”, conta a técnica em enfermagem.
 
Fonte: F Silva

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