quarta-feira, 21 de março de 2012

Médicos do Estado podem aprovar indicativo de greve

 

O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte realiza assembleia hoje, às 19h, em Natal, para votar indicativo de greve. Isso acontecerá se o Governo do Estado não encaminhar resposta às reivindicações da categoria apresentadas ao secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, em audiência anteontem, na sede da pasta, na capital.
A pauta de reivindicações engloba vários pleitos. A categoria quer retorno a pleitos considerados prioritários. Entre eles, remuneração com referência no piso salarial da Federação Nacional dos Médicos (Fenam); criação de uma gratificação de plantão para unidades de saúde de 24 horas; valor da produtividade paga aos médicos.
Também incorporação da gratificação de alta complexidade para os médicos do ambulatório, municipalizados e aposentados; melhores condições de trabalho nas unidades da Secretaria Estadual de Saúde e posicionamento contrário dos médicos à terceirização proposta nas unidades estaduais.
Segundo o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira, em em 2011 a classe médica do Estado obteve a criação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos e com ela a incorporação da Gratificação de Alta Complexidade (GDAAC). No entanto, os profissionais cedidos, recém-contratados, aposentados e que trabalham em ambulatório não obtiveram esta incorporação, o que trouxe aos médicos uma disparidade no salário base.
Os médicos reivindicam a incorporação imediata garantindo uma isonomia salarial da classe. Já com relação à produtividade, o Sindicato dos Médicos sugeriu à secretaria a substituição do sistema de produtividade, que tem se tornado inconstante e muitas vezes irrisório, por uma gratificação de atividade médica.
Sobre o piso Fenam, o valor proposto pelo Sinmed, baseado no piso da Federação Nacional dos Médicos, e que corresponde ao valor de R$ 19.626,00 (dezenove mil, seiscentos e vinte e seis reais) para 40 horas, também foi amplamente discutido.
Entre as sugestões foi levantada a possibilidade de implantação do piso de acordo com a progressão salarial já existente no Plano de Cargos e a criação de um calendário de evolução para se atingir esse valor.
Durante a audiência, Domício Arruda confirmou a possibilidade de terceirização dos hospitais de portas abertas de emergência do Estado. O Sindicato Médico do RN aproveitou o momento e alertou duramente sua posição contrária às terceirizações e ainda expôs problemas enfrentados em outros estados através de empresas terceirizadas na gestão de hospitais.
Ele reforça que, caso os médicos não obtenham uma resposta com relação aos itens iniciais da negociação, um indicativo de greve já pode ser confirmado hoje. "Os médicos não ace

itarão protelação, a Secretaria de Saúde e a administração do Estado precisam agir", concluiu.
Fonte: O Mossoroense

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