terça-feira, 22 de outubro de 2013

Henrique Alves: “O RN piorou muito na gestão de Rosalba Ciarlini…está com a estrutura abalada”


O presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves, disse na manhã desta segunda-feira, durante entrevista ao “Jornal da Cidade”, da FM 94, que o Rio Grande do Norte piorou durante a gestão da governadora Rosalba Ciarlini.
“Há três anos o povo quis mudar, é tanto que elegeu a candidatura que veio com a bandeira da oposição, que foi a governadora Rosalba; três anos depois a situação se agravou e está aí a rejeição, os números negativos da sua administração. Ou seja, a situação que não era boa ficou muito pior, na nossa avaliação muito clara”, afirmou o deputado.

Henrique Alves disse que entre as razões do rompimento do PMDB com o governo estadual esteve o fato de que a relação entre o partido e o governo “não estava ampliando os horizontes do Rio Grande do Norte”.

“Saímos da base política da governadora, rompemos com seu governo – com todo o respeito a ela do ponto de vista pessoal – mas nos colocamos sempre à disposição para o que ela precisar junto ao governo federal”, afirmou o parlamentar.

Segundo Henrique, o PMDB agora irá buscar “com os partidos que estão com o mesmo posicionamento” a construção de uma chapa majoritária para disputar o governo.

“Do ponto de vista político, nós vamos buscar com os partidos que estão com o mesmo posicionamento, uma construção majoritária para mudar o Rio Grande do Norte e reconstruirmos o Estado, que está muito abalado na sua estrutura”, considerou o peemedebista.
Henrique relatou ter sido parceiro esforçado em diversas manifestações públicas ao lado da governadora, em Brasília, acompanhando em visitas a ministérios e órgãos federais.

“Tentamos de todas as maneiras viabilizar, ajudar o Estado, mas chegou uma hora que ficou muito difícil essa participação, essa parceria”, disse, citando o conselho político, que não se reuniu uma vez sequer. “Eram coisas isoladas, pontuais, sem consequência, sem resultado, sem uma finalização, até que isso foi criando um mal-estar muito grande”, observou.
PMDB não descarta aliança, mas DEM precisa abandonar projeto de reeleição da governadora

O deputado Henrique Alves, presidente do PMDB, não descartou que o DEM, partido presidido no Estado pelo senador José Agripino Maia, venha a somar com os demais partidos que fazem oposição ao governo Rosalba Ciarlini. Entretanto, ele afirma que o DEM somaria apenas na disputa proporcional (deputados estaduais e federais) e não na majoritária (governador e senador).

Na prática, o peemedebista condiciona aliança na proporcional com o DEM à exclusão de uma candidatura à reeleição da governadora Rosalba Ciarlini. “Evidentemente que um projeto majoritário que quer mudar o que aí está não caberia a participação do partido, que está hoje nesse processo constrangedor e de profundas dificuldades para o presente e para o futuro do Rio Grande do Norte”, afirmou.
Segundo Henrique, “naturalmente esse projeto que vai disputar e mostrar a sua proposta, o seu discurso, a mudança, a reconstrução, a refundação do Rio Grande do Norte, não caberia o partido que hoje está conduzindo o Rio Grande do Norte”.

Já quanto ao DEM participar de uma chapa proporcional (deputados estaduais e federais), Henrique disse ser plenamente possível, tendo em vista que a coligação proporcional deverá ter de oito a onze partidos.

“O que eu quero dizer é que o DEM como partido, vamos buscar na chapa proporcional coligações, até porque há de se fazer uma aliança muito ampla, de dez, oito, onze partidos. E não uma coligação só para deputado estadual e deputado federal. Mas várias coligações ou pedaços delas que vão se formar com o interesse de seus deputados e de seus candidatos aos postos legislativos”, observou.

Nessa composição proporcional, ainda segundo Henrique, “sem, portanto, a proposta da definição majoritária, poderá ser que o DEM venha a participar, apoiando aqueles candidatos que busquem o voto majoritário e queiram buscar os apoios possíveis e não recuse o voto para chegarmos a uma vitória”, frisou.

Jornal de Hoje

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