quarta-feira, 6 de março de 2013

Seca domina os debates e deputados cobram ações emergenciais


João Gilberto/Assembleia
José Adécio:
A estiagem e a necessidade de ações emergenciais para garantir aos produtores rurais as condições de conviver com os efeitos da falta de chuvas foram temas que dominaram a sessão de hoje (5) da Assembleia Legislativa. “Temos que aprender, de uma vez por todas, que a seca é a regra e não a exceção”, afirmou o deputado José Adécio (DEM) que cobrou agilidade na tomada de decisões e ações rápidas. “Se isso não for feito não sei o que será dos produtores rurais do nosso Estado”, advertiu o parlamentar.

José Adécio, filho e neto de agricultores, foi indicado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ricardo Motta (PMN) para representar a Casa no Comitê Estadual de Combate à Seca. Filho e neto de agricultores, o parlamentar, que já presidiu órgãos estaduais como a extinta Companhia de Desenvolvimento Agropecuário do Estado (Cida) e Ceasa, levou o assunto da seca de volta, hoje, ao plenário do Legislativo Estadual.

Adécio descobriu que o Estado nunca colocou em prática o artigo 121, do capítulo III da Constituição Estadual, promulgada em 3 de outubro de 1989, que determina a criação do Fundo Estadual Permanente de Controle às Secas. Autor da emenda constitucional que instituiu o fundo, o deputado lamenta que nenhum governante, ao longo de 23 anos, tenha colocado um único centavo no Fundo. “Se tivessem colocado 500 mil reais por ano teríamos mais de 13 milhões de reais para o combate à seca”, contabiliza.

O pronunciamento do deputado repercutiu no plenário. O presidente da Casa, Ricardo Motta, elogiou a atuação de Adécio e disse que são necessárias “medidas efetivas e eficazes” e que é preciso “sair do discurso e colocar em prática” as ações de combate à seca.

O deputado Hermano Morais (PMDB) lembrou que 20 reservatórios do Estado já apresentam menos de 20% de sua capacidade de armazenamento. O também peemedebista Nelter Queiroz cobrou um maior volume nas operações de perfuração de poços. “Quantos poços o atual governo perfurou? Ninguém sabe”, questionou.

Para José Adécio, os prejuízos causados pela falta de ações de combate e controle das secas são irreparáveis. “O Estado já perdeu 30 por cento do seu rebanho”, informou. Segundo ele, na reunião do comitê estadual de combate à seca, a governadora determinou a elaboração urgente de um plano de aplicação de R$ 4 milhões na área de recursos hídricos, principalmente na perfuração, recuperação e instalação de poços.

Também segundo Adécio, um documento será elaborado conjuntamente pela Associação Norte-riograndense de Criadores (Anorc), Assembleia Legislativa e Banco do Brasil e será encaminhado ao presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves. A idéia é convencer o Banco do Brasil a abrir linhas de crédito para atender aos produtores rurais do Estado.

Jornal de Fato

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