Além de vencer em toda a periferia, o petista Fernando Haddad rompeu as muralhas da cidadela serrista e derrotou o adversário em 7 das 30 zonas eleitorais que integram a chamada área antipetista de São Paulo. No 1.º turno, o tucano José Serra havia vencido em 100% dessas zonas - as mais centrais e ricas da cidade.
Entre a primeira e a segunda etapa da disputa pela Prefeitura, a área vermelha do mapa eleitoral se expandiu de 26 para 35 zonas eleitorais, enquanto a azul encolheu de 32 para 23.
No total do eleitorado da zona antipetista, onde o PT perdeu as últimas três eleições, Serra venceu por 58% a 42%. Haddad ganhou por 73% a 27% na zona petista e por 59% a 41% na zona volúvel.
O prefeito eleito conquistou áreas nas bordas do centro expandido nas zonas norte (Lauzanne Paulista), leste (Vila Matilde, Ponte Rasa e Cangaíba) e oeste (Rio Pequeno). Venceu ainda em uma zona central que não é marcadamente de alta renda: Santa Ifigênia.
Serra conseguiu manter seus principais redutos nas zonas oeste (Pinheiros, Perdizes, Lapa, Butantã), sul (Vila Mariana, Saúde, Santo Amaro) e leste (Tatuapé, Mooca, Vila Formosa).
O movimento observado agora é inverso ao ocorrido na eleição de 2008, quando, no 2.º turno, Gilberto Kassab (então no DEM) derrotou Marta Suplicy (PT) em áreas fora do centro expandido e confinou a petista nas zonas mais afastadas.
Ainda que Haddad tenha "invadido" áreas que tradicionalmente rejeitam o PT, os padrões de votação continuaram obedecendo a uma lógica socioeconômica. Quanto mais pobres e periféricos os bairros, maior foi a vantagem do prefeito eleito.
Parelheiros e Grajaú, na periferia da zona sul, foram as zonas eleitorais que deram as maiores margens de vitória para Haddad (84% a 16% e 82% a 18%, respectivamente). Já o candidato do PSDB colheu seus melhores resultados nos Jardins (88% a 12%) e Indianópolis (86% a 14%).
A zona eleitoral onde a disputa foi mais equilibrada foi a de Vila Sabrina (norte), em plena área antipetista. O tucano teve 50,1% e o adversário, 49,9%.
No decorrer da campanha do 1.º turno, Haddad teve dificuldade para deslanchar na periferia, área que o PT via como território livre de ameaças. Antes que o candidato do partido ficasse conhecido, porém, o ex-deputado e apresentador de TV Celso Russomanno (PRB) tomou o eleitorado potencial de Haddad. "As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo
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