O repórter esportivo Esaú Andrade, da rádio Difusora de Mossoró, morreu ontem no Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, onde ficou internado após se envolver em acidente de carro, no dia 8 deste mês, na Reta Tabajara, em Macaíba. Ele sofreu lesões na coluna e aguardava melhoras no quadro clínico para passar por cirurgia. A assistência social do hospital não informou a causa da morte, a pedido da família.
De acordo com Sérgio Andrade, tio do jornalista, a situação de Esaú havia melhorado no fim da semana, mas regrediu na manhã de ontem. Sérgio conversou rapidamente com a reportagem, logo após a confirmação da morte, e disse que a família ainda estava muito abalada. Ele disse desconhecer a causa da morte.
A cirurgia do jornalista deveria ter ocorrido logo após o acidente, conforme Sérgio, mas com a piora do quadro clínico os médicos preferiram esperar. Submetê-lo a uma cirurgia naquelas condições poderia significar um risco a sua vida, segundo informaram os médicos à família do repórter. A morte de Esaú foi confirmada pelo Hospital Deoclécio Marques por volta das 15h de ontem, segundo Evânia Fernandes, assistente social da unidade hospitalar.
No boletim divulgado às 9h de ontem, os médicos informavam que a situação clínica dele era grave. Os detalhes do quadro do paciente foram informados somente à família, segundo a assistente social. Evânia explicou que os parentes pediram sigilo sobre a situação de Esaú e que o hospital não divulgasse informações detalhadas sobre o caso, como a causa da morte.
Esaú era integrante da equipe de jornalismo esportivo da FM 93,7 e estava numa viagem de trabalho quando se envolveu no acidente. Ele e outras quatro pessoas, incluindo três profissionais da imprensa e o policial militar Clístenes Juny de Souza Alves - que tinha 36 anos e morreu ainda no local - faziam o trajeto de Mossoró a Goianinha, onde participariam da cobertura do jogo entre os times de futebol América e Potiguar. Clístenes seria auxiliar de arbitragem na partida.
Na altura do Km 289 da BR-304, o grupo foi surpreendido por um jumento na pista. Esaú conduzia o veículo e não conseguiu desviar do animal. Com o impacto da batida, o veículo capotou. Os radialistas Alcivan Silva, Elias Júnior e Ítalo Praxedes tiveram ferimentos leves e foram liberados no mesmo dia. O policial, que iria trabalhar naquela noite como auxiliar de arbitragem, morreu no local. Esaú, em estado grave, foi transferido para o Hospital Walfredo Gurgel. De lá, o jornalista foi levado para Parnamirim, onde veio a óbito.
O jornalista atuou em vários veículos de comunicação de Mossoró, bem como noutras cidades do RN, sempre voltado para a coberturas ligadas a área de esportes. Até o início da noite de ontem não havia confirmação sobre o local onde o jornalista seria velado.
A internet foi o principal meio de comunicação usado pelos familiares do jornalista para fornecer informações sobre sua situação durante os quase dez dias que ele permaneceu internado em unidades hospitalares do RN.
Foi também pela internet que companheiros de trabalho, amigos e admiradores do seu trabalho emitiram mensagens de força para ele e a família, durante todo esse período. Após confirmada a sua morte, a notícia se espalhou rapidamente nas redes sociais. Foram dezenas de mensagens de apoio aos parentes do comunicador, lamentando a perda do jovem profissional.
FONTE: Jornal De Fato.
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