segunda-feira, 8 de junho de 2015

Contra PT, Dilma diz ser injusto tratar Levy como 'judas'

O ministro da Fazenda Joaquim Levy e a presidente Dilma Rousseff durante assinatura do contrato de concessão da ponte Rio-Niteroi, em cerimônia no Palácio do Planalto
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a presidente Dilma Rousseff durante assinatura do contrato de concessão da ponte Rio-Niteroi, em cerimônia no Palácio do Planalto(Ueslei Marcelino/Reuters)
A presidente Dilma Rousseff disse neste domingo que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) não pode ser transformado em um "judas" por causa das medidas impopulares do ajuste fiscal. Trata-se de uma defesa prévia das críticas contra o titular da Fazenda que o PT planeja lançar a partir de quinta-feira, ao promover o 5º Congresso Nacional do partido, em Salvador (BA). O encontro causa apreensão no Palácio do Planalto.
"Não se pode fazer isso, criar um judas. Isso é mais fácil. É bem típico e uma forma errada de resolver o problema", afirmou Dilma ao jornal O Estado de S. Paulo em um café da manhã após pedalar por 45 minutos nas redondezas do Palácio da Alvorada. Levy era o alvo principal das centrais sindicais ligadas ao PT, que, com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, miravam no ministro para tecer críticas ao governo sem atingir abertamente a presidente.
A defesa coincide com uma estratégia traçada por Lula e articulada com outras correntes do PT para trocar as críticas mais duras a Levy pela defesa de uma "agenda de desenvolvimento" que "crie esperança" no país. Apesar de adotar um tom de desaprovação às medidas tomadas pela equipe econômica, Lula não quer que o PT saia do encontro de Salvador com o carimbo de partido de oposição à presidente Dilma por avaliar que essa estratégia corresponde a um suicídio político.
Fonte: Veja

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