sexta-feira, 9 de março de 2012

Nove Estados ainda não pagam o piso dos professores

Salário-base de professores teve reajuste de 22% este ano
Brasília - O Ministério da Educação (MEC) anunciou na última semana o valor do piso nacional do magistério para 2012 no valor de R$ 1.451. Em dezoito unidades da Federação os professores da rede estadual receberão na folha de pagamento de março valor igual ou superior ao definido pela lei. Levantamento feito pela Agência Brasil, com informações repassadas pelas secretarias estaduais de Educação, mostra que 12 estados já praticavam valores superiores ao estipulado para este ano e seis reajustaram a remuneração do seu quadro logo depois que o MEC anunciou o aumento.
Emanuel AmaralSalário-base de professores teve reajuste de 22% este ano

A Lei do Piso foi sancionada em 2008 e determina um valor mínimo que deve ser pago aos professores da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais. Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Entre 2011 e 2012, o índice foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.

Governos estaduais e prefeituras alegam dificuldade para pagar o novo piso e 11 ainda não garantem a remuneração mínima. No Ceará, o estado pagava o valor do piso até 2011 mas, com o reajuste, aguarda a aprovação de um projeto de lei pela Assembleia Legislativa para aumentar a remuneração dos profissionais. Em Alagoas, o piso também era cumprido até o ano passado e segundo nota divulgada pela Secretaria de Educação, "o desejo do governo é continuar pagando", mas antes será feito "um estudo do impacto financeiro da implantação". A mesma situação se repete em Santa Catarina.

O Piauí também pagava o piso até 2011 e, segundo a secretaria, deverá começar a cumprir o novo valor a partir de maio. O governo do Amapá informou que está em negociação com o sindicato da categoria para definir como se dará o reajuste para atingir o piso. O Rio Grande do Sul, a Bahia e o Tocantins não têm previsão de quando irão cumprir os R$ 1.451 determinados para 2012.

A Secretaria de Educação do Paraná informou que ainda está fazendo um levantamento sobre o salário dos profissionais de nível médio no Estado. Segundo a secretaria, a maioria dos 83 mil professores do quadro têm nível superior. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP), os professores com nível médio e jornada de 40 horas - parâmetro estipulado pela Lei do Piso - têm vencimento inicial de R$ 1.233, portanto, abaixo do valor definido para 2012.

"O fato de nove estados ainda não pagarem o piso mostra que os gestores públicos ainda não entenderam a importância dessa lei para termos uma educação de qualidade no país. É a prova de que as leis no Brasil costumam ser esquecidas. Quatro anos depois da lei aprovada, o gestor dizer que agora vai fazer um estudo orçamentário para ver como pagar é um desrespeito aos trabalhadores e ao Estado brasileiro", criticou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão. A entidade planeja uma paralisação da categoria na próxima semana para cobrar o cumprimento da lei. 

A situação mais crítica é a dos professores da rede estadual gaúcha que recebem piso de R$ 791 - o menor do país. De acordo com o governo do Estado, o problema ocorre porque o vencimento básico dos professores ficou "achatado" ao longo dos anos. Para "inflar" o salário, a remuneração total é composta por penduricalhos.

MPF denuncia  'vazadores' do Enem

Fortaleza
(AE) - O Ministério Público Federal no Ceará pediu na Justiça que o 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) entregue 
todo o material utilizado para o pré-teste em Fortaleza por acreditar em
um vazamento maior das questões do Exame Nacional do Ensino Médio 
(Enem). A denúncia do MPF, feita ontem com base no inquérito da Polícia 
Federal, cita que o vazamento das questões no Colégio Christus se 
estendeu aos demais 30 cadernos aplicados na instituição e não somente 
aos cadernos 3 e 7 que foram comprovadamente distribuídos.

Duas 
funcionárias do Inep foram denunciadas no processo por falsidade 
ideológica. O MPF também denunciou dois funcionários do Colégio Christus
e uma representante da Cesgranrio, responsável pela aplicação do 
pré-teste em Fortaleza. "É possível entender que o MEC adiou a aplicação
de uma nova prova do Enem no ano de 2010, porque o problema é interno. O
MEC não tem garantia de que o Enem não vai vazar", explica o procurador
da República Oscar Costa Filho.

De acordo com a análise do MPF, 
conforme o artigo 299 do Código Penal, as representantes do Inep deverão
responder por falsidade ideológica, ao negarem a possibilidade de se 
obter os cadernos de provas do pré-teste. "Com o objetivo de acobertar a
extensão do vazamento da prova", explica a procuradora da República, 
responsável pelo processo criminal, Maria Candelária de Di Ciero.


a representante da Cesgranrio teve responsabilidade no vazamento das 
questões do Enem quando disponibilizou os cadernos do pré-teste aos 
coordenadores dos colégios escolhidos que não dispunham de autorização 
legal de acesso ao material sigiloso, crime previsto no artigo 325 do 
Código Penal. E quanto aos funcionários do Colégio Christus, uma 
coordenadora e o professor de Física, Jahilton Motta, pela utilização e 
divulgação indevida do material sigiloso, pela violação de sigilo 
funcional, artigo 325, do Código Penal.




FONTE:TRIBUNA DO NORTE

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