Com apoio na base governista e na oposição, deputado do PMDB venceu três adversários com facilidade e comandará a Casa pelos próximos dois anos.
O deputado potiguar Henrique Eduardo Alves (PMDB) foi eleito nesta segunda-feira o novo presidente da Câmara. O peemedebista recebeu 271 votos, 22 a mais do que o mínimo necessário para ganhar a disputa no primeiro turno. O mandato tem duração de dois anos.
Henrique Alves enfrentou três adversários em votação secreta, que entraram na disputa praticamente só para marcar posição: Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ). O trio obteve 165, 47 e 11 votos, respectivamente. Houve 3 votos nulos, e 16 deputados não compareceram à sessão.
Henrique Alves enfrentou três adversários em votação secreta, que entraram na disputa praticamente só para marcar posição: Júlio Delgado (PSB-MG), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Chico Alencar (PSOL-RJ). O trio obteve 165, 47 e 11 votos, respectivamente. Houve 3 votos nulos, e 16 deputados não compareceram à sessão.
Integrante mais antigo da Câmara, com 11 mandatos, Alves chegou à Casa em 1971 e tem a biografia marcada por histórias mal-explicadas. Nos últimos anos, ocupou a liderança da bancada do PMDB e dedicou-se a ao papel de capitanear os pleitos de aliados com o governo federal, especialmente a nomeação de cargos e a liberação de recursos por meio de emendas ao Orçamento federal. Para conseguir maioria, ele também fez uso de um dos seus principais atributos: negociou cargos na Mesa Diretora e o comando de comissões temáticas com quase todos os partidos, inclusive as siglas de oposição. Também fez acordos no varejo, como promessas de relatorias de projetos de destaque e gabinetes privilegiados.
Nesta segunda-feira, ao subir à tribuna para pedir o voto dos colegas, Henrique Alves não negou as denúncias. Em uma frase ambígua, ele disse que se tratam de "labaredas que não chamuscam o alicerce". A declaração foi uma referência ao peso dos anos que passou na Casa - e, com isso, ao histórico de acordos e leniência com os deslizes que mancham o parlamento.
Em seu discurso, o deputado afirmou ainda que não tem o direito de falhar: "Eu não me perdoaria se, depois de ali me sentar, tivesse de dizer a mim mesmo". 'Eu não pude fazer isso, mas outro depois de mim virá e fará'", afirmou.
O peemedebista também prometeu benefícios aos colegas, como a aplicação compulsória das emendas parlamentares, uma distribuição mais equânime das relatorias importantes e o aumento da divulgação da atividade parlamentar na TV Câmara. Ele foi aplaudido pela maioria da Casa.
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