Um padre de 53 anos foi preso em flagrante após atropelar e matar um ajudante de cozinha e fugir sem prestar socorro à vítima em uma estrada de Monte Mor (a 117 km de SP), na noite de domingo (17). Segundo a polícia, ele estava bêbado.
O padre foi liberado na madrugada desta segunda (18), após pagar fiança de R$ 5.000, estipulada pelo delegado. Segundo a polícia, o motorista atingiu Alexsandro Rodrigues do Amaral, 39, em alta velocidade na rodovia Francisco Aguirre Proença.
Quando equipes médicas chegaram ao local, a vítima já estava morta, com ferimentos graves na cabeça. Testemunhas afirmaram à polícia que Amaral, funcionário em uma lanchonete do bairro, tentou atravessar a rodovia fora da passarela.
O padre parou cerca de 10 km depois, em uma praça de pedágio. Funcionários da concessionária que administra a rodovia fizeram-no parar. Eles disseram à polícia que tomaram a medida após ver o carro dele, um Uno vermelho, com a frente completamente destruída e parte da lateral amassada. O pároco afirma que parou por conta própria no local.
Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que indicou a presença de 0,36 mg de álcool por litro de sangue. Acima de 0,34 mg/l, o motorista é preso por embriaguez ao volante. Levado à delegacia, o padre foi preso e indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e embriaguez ao volante, pagou a fiança e responderá ao processo em liberdade.
OUTRO LADO
A polícia não informou o nome do padre, alegando questões de segurança. Informou-se apenas que ele mora em Americana (a 127 km de São Paulo) e voltava para casa após celebrar uma série de missas a convite de um amigo próximo.
A Arquidiocese de Campinas, responsável pela região, disse apenas que o padre sofreria medidas corretivas de seus superiores.
O padre alegou que não parou logo após o acidente por pensar que se tratava de algo menor, como pedaços de troncos que estavam na via, ou pedras atiradas por bandidos, de acordo com trechos do depoimento divulgados pela polícia.
Por isso, segundo declarou, teria decidido encostar apenas na praça de pedágio, que seria mais segura.
Segundo a polícia, o padre confessou que tinha bebido vinho durante todo o dia nas missas que celebrou e, por isso, estava um pouco cansado enquanto dirigia. A Arquidiocese não comentou sobre esse assunto.