O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que “não existe” a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2014, mas não descartou uma volta em 2018, embora ache que “já cumpriu sua missão na Presidência”. “O que eu vou fazer nas eleições é ser um militante para a presidenta Dilma Rousseff continuar o bom trabalho que ela vem fazendo”, disse o ex-presidente em entrevista ao jornal paranaense Gazeta do Povo. “Em política não devemos dizer nunca, mas é muito cedo para discutir 2018”, completou.
ricardo stuckert
Luiz Inácio Lula da Silva afirma que cumpriu a missão
Perguntado sobre a insatisfação de parlamentares do PMDB com o governo e sobre os conselhos dados a Dilma, Lula se esquivou e negou seu papel de conselheiro da presidenta. “Com a presidenta Dilma eu troco ideias, não dou conselhos”, disse, antes de completar se negando a contar o que foi debatido: “Uma conversa com a presidenta pertence à presidenta”.
Lula, que estará nesta sexta-feira, 14, no Paraná para um evento com a provável candidata do PT ao governo do Estado, Gleisi Hoffmann, falou sobre seu papel de militante. “Não deixei de ser um militante político porque saí da Presidência. Eu vou atuar como um ativista político até morrer, pois acredito que essa é a melhor maneira de melhorar a sociedade e combater as injustiças”, afirmou.
Como militante da pré-campanha de Gleisi, Lula tenta fazer o PT chegar ao governo do Paraná pela primeira vez. Para isso, a candidatura petista terá de vencer o atual governador, o tucano Beto Richa. “Acho que o nosso partido acumulou forças, projetou grandes lideranças e se credenciou para disputar com boas chances de vitória o governo do Paraná nas próximas eleições”, destacou.
Economia
O ex-presidente também falou sobre as eleições deste ano e política econômica, durante entrevista ao jornal italiano La Reppublica publicada no domingo (09). Ele defendeu que a criação de empregos deve ser a prioridade na economia em detrimento de outros temas, como o controle da inflação. Em entrevista o ex-presidente reafirmou apoio à reeleição de Dilma Rousseff em 2014. Sobre a disputa presidencial seguinte, disse que política é “imprevisível”. Apesar disso, Lula diz que a natureza é implacável e ele estará com 72 anos na eleição presidencial de 2018.
Ao jornal italiano, Lula diz que “críticos gostariam que diminuíssemos o emprego para reduzir a inflação”. “Mas para nós a defesa do emprego é mais importante que a inflação”, disse. Lula comentou que foram criados 21 milhões de empregos nos últimos 11 anos (oito do governo Lula e três de Dilma Rousseff) e 42 milhões de brasileiros entraram na classe média. Na entrevista publicada, Lula não citou números da inflação.
TRIBUNA DO NORTE