Cada vez mais consumidos no País, os medicamentos para tratamento da ansiedade vêm ganhando espaço entre adolescentes e adultos, que muitas vezes desconhecem os riscos aos quais serão expostos. Um erro que pode custar caro, de acordo com a psicóloga do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Marina Arnoni Balieiro.
“O que acontece hoje em dia é que as pessoas estão cada vez mais impacientes. Querem que tudo seja resolvido e feito imediatamente e, isso faz com que as pessoas tornem-se mais ansiosas. Ninguém mais tem paciência de esperar e de se frustrar”, frisa a psicóloga.
A ansiedade é uma resposta fisiológica normal do organismo diante de algo novo, inesperado, desejado, temido, muito feliz e, portanto, normal. Acontece que em alguns casos estes sintomas aparecem com mais frequência e com intensidades desproporcionais, passando para um transtorno e não mais algo esperado.
A psicóloga esclarece que para cada caso há um tipo de tratamento indicado. Em alguns deles, a solução mais eficaz são as sessões de terapia, por exemplo.
“Na grande maioria das vezes, as pessoas se utilizam de remédios quando estão em crise, o que se torna um problema sério. Nessa hora, a automedicação é, sem dúvida, muito perigosa, podendo levar à intoxicação e colocar a vida desta pessoa em risco”, adverte a psicóloga ao ressaltar que o uso de remédios é recomendado quando a relação entre o risco e o benefício vale a pena e muitas vezes necessária.
“Os casos onde os sintomas deixam de ser pontuais e se estabelecem com maior frequência sugerem transtorno de ansiedade, porém, o diagnóstico correto cabe apenas a um médico”, completa.
De acordo com dados do IMS Health, entidade privada especializada em informações da área da saúde, em 2015, foram comercializadas 23 milhões de caixas de um conhecido ansiolítico. Esta pesquisa coloca o Brasil no ranking dos maiores consumidores de medicamentos para essa finalidade.
*NoAr