Na saída do primeiro dia do curso para o programa Mais Médicos, em Fortaleza, no Ceará, um grupo de profissionais estrangeiros foi vaiado, humilhado e hostilizado aos berros de “escravos”, entoados por médicos brasileiros.
Sob a liderança do Sindicato dos Médicos do Ceará (Simec), os manifestantes se reuniram a partir das 18 horas, com faixas e apitos, para acompanhar a saída dos cubanos da Escola de Saúde Pública. Havia no local 96 médicos estrangeiros, sendo 79 naturais da ilha socialista localizada no Caribe. Os profissionais brasileiros exigem a aplicação de prova para a revalidação dos diplomas de todos os profissionais que se formaram fora do Brasil.
Assustados, os estrangeiros ficaram parados próximo à porta, até que se juntaram a funcionários do Ministério da Saúde e resolveram sair juntos. Eles foram recebidos com gritos de “revalida” e os cubanos foram chamados de “escravos”, repetidamente.
Após a passagem dos médicos pela portaria, o secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Odorico Monteiro, que representava o ministro Alexandre Padilha, também saiu sob gritos, desta vez de “traidor”. Testemunhas afirmam que o secretário chegou a ser agredido com tapas, enquanto se encaminhava para o carro.
fonte: são vicente em foco
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