A juíza Maria Nivalda Neco Torquato Lopes, titular da comarca da cidade de João Câmara, na região da Grande Natal, acatou denúncia feita pelo Ministério Público e indiciou um jovem de 22 anos por latrocínio (roubo seguido de morte) no crime que vitimou o arquiteto Petronyo Ulisses da Costa, de 27 anos. Petronyo, que é sobrinho do vice-prefeito de João Câmara, foi visto pela última vez com vida no dia 4 de junho deste ano. Três dias depois, o corpo dele foi encontrado dentro de uma lagoa na zona rural de Poço Branco, que fica a pouco mais de 60 quilômetros da capital.
Ainda de acordo com a decisão da magistrada, a prisão temporária contra o jovem foi convertida em preventiva como forma de garantir a ordem pública. O acusado, que está preso no Centro de Detenção Provisória de Ceará-Mirim, tem 10 dias para apresentar defesa. Como o G1 não entrevistou o jovem e o defensor público designado para representá-lo não retornou as ligações, o nome do acusado será preservado.
Perícia feita pelo Instituto Técnico-Científico de Polícia mostra que o arquiteto foi morto por "constrição no pescoço - uma forte pressão que causou o impedimento da respiração”. O acusado, que foi preso no dia 17 daquele mês, confessou o crime à polícia. Em depoimento, ele revelou que cometeu o crime dentro de um motel enquanto a vítima dormia. “Ele disse que usou uma toalha para sufocar o arquiteto até a morte”, acrescentou o delegado Ben-Hur de Medeiros, responsável pela investigação.
Ainda segundo a decisão da magistrada, publicada no início da semana, “os indícios de autoria estão materializados nas declarações prestadas e demais provas obtidas até o presente momento, confirmando ser o acusado o autor da infração penal”, pontuou.
Depois do crime, ainda de acordo com relato do acusado à polícia, a vítima foi colocada no banco traseiro do carro que pertencia ao próprio arquiteto. O veículo foi abastecido em um posto de combustíveis e, no caminho, o corpo foi jogado de cima de uma ponte na zona rural de Poço Branco. O carro, ainda segundo o acusado, foi abandonado no bairro de Mãe Luiza, em Natal, e as chaves com os documentos teriam sido jogadas na rua.
Reprodução Cidade News Itaú
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