A morte da jovem Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos, teria sido encomendada por um comerciante de 35 anos, de Extrema (MG), de acordo com a Polícia Civil. O comerciante teria pago R$ 1 mil para que a jovem fosse morta pelo casal que a abordou e a sequestrou na rodoviária da cidade. Segundo o delegado Valdemar Lídio Gomes Pinto, que investiga o caso, o motivo teria sido passional. A polícia ainda procura por outros suspeitos de participação no crime.
Segundo as investigações, a jovem foi morta no mesmo dia do desaparecimento e jogada em um local na Serra do Lopo, ponto turístico bastante conhecido em Extrema. Ela tinha ferimentos pelo corpo e apresentava indícios de estrangulamento.
O delegado afirmou ainda que o caso foi resolvido após o aparecimento de uma testemunha, que ajudou a chegar até o corpo. Logo em seguida, o suspeito de ser o mandante foi preso. Ele confessou o crime. A polícia também afirmou que o crime foi cometido devido ao ciúmes que o comerciante sentia do namorado de Larissa, que era modelo da loja dele.
O namorado de Larissa será ouvido como testemunha. Em entrevista ao G1, os pais da menina disseram não acreditar que ele tenha participação no crime.
"Foi tirado um pedaço da gente, eu não tenho mais condição, eu só peço justiça só. Ele (o namorado) não tem participação, não acreditamos", disse a mãe de Larissa, Nicéia de Oliveira Souza, ainda muito abalada.
"Se fez tem que pagar. Um anjinho desse, o que fizeram com ela, fez tem que pagar. Ela era é um anjinho, a gente conviveu com ela desde pequena, eu só queria saber por quê fizeram isso com ela, pra quê fazer isso, justo com ela, independente da pessoa, a justiça tem que ser feita", disse o tio de Larissa, Alexandre Pereira.
O corpo da jovem foi velado ainda durante a noite de terça-feira e enterrado na madrugada desta quarta-feira no Cemitério Municipal de Extrema. O comerciante suspeito do crime foi levado para o Presídio de Pouso Alegre (MG).
Loja incendiada e sepultamento
Após o anúncio de que o corpo foi encontrado e um suspeito foi preso, moradores revoltados saíram às ruas da cidade e cercaram uma loja de roupas que seria do suspeito de ser o mandante do crime. A Polícia Militar chegou a isolar a área, mas o grupo de cerca de 500 pessoas passou pelo bloqueio e ateou fogo ao local, que ficou destruído.
O corpo da jovem foi encontrado na tarde desta terça-feira, já em avançado estado de decomposição, segundo informações da funerária responsável pelo recolhimento. Larissa foi encontrada em um local na Serra do Lopo, que é conhecida por ser um ponto turístico da cidade. Ela foi reconhecida pelos acessórios que utilizava.
O corpo da jovem Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos, foi enterrado no início da madrugada desta quarta-feira (4) no Cemitério de Extrema (MG). Centenas de pessoas acompanharam o velório e o sepultamento.
Revolta também nas redes sociais
A morte da universitária também causou revolta nas redes sociais, onde amigos de Larissa e da família deixaram depoimentos, alguns usando os marcadores #lutopelalarissa, #lutolarissa e #patrulheirosdobem.
A morte da universitária também causou revolta nas redes sociais, onde amigos de Larissa e da família deixaram depoimentos, alguns usando os marcadores #lutopelalarissa, #lutolarissa e #patrulheirosdobem.
"Sinto muito pelos familiares... notícia muito triste!!! Que Deus ajude a amenizar tanta dor", escreveu uma internauta. "Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, a gente nunca está preparado para perder alguém. (...). Aos familiares, meus sentimentos. Sei o quanto Larissa era amada e querida. Sei que estão sofrendo muito. (...) A luta da espera acabou aqui, mas agora a luta vai continuar. Continuamos com vocês", declarou uma amiga da família.
Os indícios de uma morte possivelmente violenta provocaram comoção entre os moradores. "Indignada! Que Deus tenha misericórdia e conforte o coração dos familiares e que não venha ficar barato. Eu creio na justiça divina e da terra", escreveu uma mulher. "Que maldade! Só Deus para ter piedade desses monstros", manifestou outra.
Desaparecimento
Segundo a Polícia Militar, Larissa foi vista pela última vez próximo à rodoviária da cidade. Ela estaria dentro do veículo dela, quando foi abordada por um homem com uma tatuagem no rosto e uma mulher loira.
Segundo a Polícia Militar, Larissa foi vista pela última vez próximo à rodoviária da cidade. Ela estaria dentro do veículo dela, quando foi abordada por um homem com uma tatuagem no rosto e uma mulher loira.
Ainda conforme a polícia, testemunhas disseram que o homem teria simulado estar armado e teria mandado a jovem para o banco de trás do veículo, assumindo a direção. O veículo foi encontrado abandonado pouco depois próximo a um ponto de ônibus. A chave do carro ainda foi encontrada na ignição.
Ainda segundo a polícia, não havia sinais de violência no veículo. Os livros da jovem, que estudava biomedicina na Universidade São Francisco, em Bragança Paulista (SP), também sumiram. A polícia investigava o caso e uma possível hipótese de sequestro não estava descartada.
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