O reajuste salarial para os cargos de 1º escalão no Executivo estadual, aprovado ontem na Assembleia Legislativa, remove um dos obstáculos – os baixos salários oferecidos – na montagem da equipe de auxiliares diretos do novo governado. Um problema maior, a falta de quadros disponíveis e qualificados nas base partidária, permanece desafiando o governador eleito, Robinson Faria.
Júnior SantosKaline Leite, escolhida para a Segurança
Sem poder contar com nomes diretamente ligados ao próprio partido (PSD) e ao PT, Robinson Faria tem buscado alternativas até mesmo entre ex-auxiliares do governo Rosalba Ciarline ou entre adversários, como na administração do prefeito de Natal, Carlos Eduardo, argumentando com a reconhecida competência dos convidados. Em alguns casos, obteve sucesso. Em outros, não.
Entre os nomes já confirmados para integrarem o secretariado, estão o do engenheiro Marcelo Toscano, ex-secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo em Natal, que deverá presidir a Caern. A atual secretária de Planejamento do prefeito, a economista Virgínia Ferreira, também é cotada para função estadual análoga. Para a chefia do Gabinete Civil, Robinson Faria fez convite ao advogado e ex-deputado estadual Paulo de Tarso Fernandes. Intelectual com vasta experiência política e conhecimento em várias áreas do Direito, Paulo de Tarso ocupou o cargo por 10 meses no governo Rosalba. Deixou a função na mesma ocasião do rompimento político entre Robinson e o casal Rosalba Ciarlini/Carlos Augusto. “Exclusivamente em solidariedade” ao (então) vice-governador Robinson Faria, segundo declarou na época.
Paulo de Tarso era considerado um dos homens fortes da gestão Rosalba Ciarlini e tinha carta branca para tomar muitas das decisões do Poder Executivo. Foi ele o elo entre Robinson Faria e o grupo do DEM no período pré-eleitoral de 2010, que culminou com a parceira de ambos os grupos. Fontes do jornal garantem, entretanto, que Paulo de Tarso não está inclinado a aceitar o convite e já teria dado um “primeiro não” ao governador eleito.
Definições
Para a Saúde, o governador eleito já fez dois convites pessoais: ao atual diretor do HUOL, o médico Ricardo Lagreca, e ao cardiologista Ricardo Bittencourt. As informações são de que o primeiro teria aceitado após conversas com a bancada que apoia o governador. O nome para o Desenvolvimento Econômico, outra área importante para o desempenho futuro da administração, será uma sugestão de Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, um dos principais economistas do PSD. O nome cogiado é Wallim Vasconcelos, ex-diretor do BNDES.
Os nomes considerados certos na equipe, além dos já citados, são os da jornalista Georgia Neri (Comunicação); o empresário Ruy Gaspar (Turismo), Francisco Wilkie (Procuradoria Geral do Estado); da esposa do governador eleito, Julianne Faria, para a Assistência Social, a delegada Kalina Leite, atual interventora na Fundac, para a secretária de Segurança e Defesa Social; o empresário Beto Santos, para o Detran; Paulo César Medeiros, para a Administração (ele já ocupou o cargo no governo Wilma de Faria e foi chefe de gabinete do prefeito Carlos Eduardo em 2008); o ex-vereador George Câmara, para a área dos Esportes e Lazer. O partido também ficará com a presidência da Ceasa.
As indicações partidárias do PT serão para as áreas de Educação, que ainda será definida entre os professores Getúlio Marques e Francisco das Chagas; Reforma Agrária; Cultura, Fundação José Augusto e Emater. O prefeito de Mossoró, Silviera Junior, indicará o nome para a pasta de Recursos Hídricos.
TRIBUNA DO NORTE
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