O Rio Grande do Norte tem mais da metade dos eleitos para cargos legislativos representada por milionários. Dos 33 candidatos que saíram vencedores das eleições para deputado estadual, deputado federal e senador, 17 declararam ter patrimônio superior a R$ 1 milhão. O levantamento foi feito pelo G1 com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Do total de milionários, 11 ocuparão cargos na Assembleia Legislativa e seis na Câmara Federal.
Candidato e partido
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Patrimônio em 2014
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José Dias (PSD)
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R$ 34,5 milhões
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Felipe Maia (DEM)
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R$ 15,4 milhões
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Fábio Faria (PSD)
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R$ 5 milhões
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Álvaro Dias (PMDB)
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R$ 2,7 milhões
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Antônio Jácome (PMN)
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R$ 2,4 milhões
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Getúlio Rêgo (DEM)
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R$ 2,2 milhões
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Tomba Farias (PSB)
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R$ 2,1 milhões
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Ricardo Motta (PROS)
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R$ 1,8 milhão
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Agnelo Alves (PDT)
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R$ 1,7 milhão
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Galeno Torquato (PSB)
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R$ 1,5 milhão
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Zenaide Maia (PR)
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R$ 1,4 milhão
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Nelter Queiroz (PMDB)
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R$ 1,4 milhão
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Rogério Marinho (PSDB)
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R$ 1,2 milhão
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José Adécio (DEM)
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R$ 1,1 milhão
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Ezequiel Ferreira (PMDB)
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R$ 1,1 milhão
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Walter Alves (PMDB)
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R$ 1,1 milhão
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Albert Dickson (PROS)
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R$ 1,1 milhão
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No total, os eleitos para cargos legislativos no estado declararam R$ 83,6 milhões em patrimônio. Os número cresceu em relação às legislaturas anteriores. Em 2010, eram 12 milionários entre os 34 eleitos para cargos legislativos. Juntos, os políticos somavam um patrimônio declarado de R$ 76,2 milhões.
O mais rico entre os eleitos é o deputado estadual José Dias (PSD). O advogado declarou possuir R$ 34,5 milhões. Entre os bens estão participações em empresas, aplicações em fundos de investimentos e imóveis no Rio Grande do Norte. José Dias foi reeleito para o sexto mandato parlamentar na Assembleia Legislativa.
Da Câmara Federal vem o segundo candidato a cargos legislativos com maior patrimônio declarado. É Felipe Maia (DEM), filho do senador José Agripino (DEM). O deputado federal reeleito declarou R$ 15,4 milhões em bens, que incluem quotas de participação em empresas, terrenos, imóveis e aplicações em fundos de investimento. Maia vai para o terceiro mandato como deputado estadual.
A lista segue com o deputado federal Fábio Fária (PSD), que se reelegeu para seu terceiro mandato na Câmara Federal. Filho do candidato ao governo do Rio Grande do Norte Robinson Faria (PSD), o político declarou ter R$ 5 milhões em bens. Com patrimônio superior a R$ 2 milhões estão os deputados estaduais Álvaro Dias (PMDB), Getúlio Rêgo (DEM) e Tomba Farias (PSB) e Antônio Jácome (PMN). Os três primeiros foram eleitos deputados estaduais e o último ocupará uma vaga na Câmara Federal.
Completam o ranking de milionários Ricardo Motta (PROS), Agnelo Alves (PDT), Galeno Torquato (PSB), Nelter Queiroz (PMDB), José Adécio (DEM) e Ezequiel Ferreira (PMDB), eleitos deputados estaduais, e Walter Alves (PMDB), Zenaide Maia (PR) e Rogério Marinho (PSDB), que ganharam vagas na Câmara Federal.
O único que declarou não ter bens entre os vencedores dos cargos legislativos foi o deputado federal eleito Betinho Rosado Segundo (PP), substituto do pai, o atual deputado federal Betinho Rosado (PP), que declarou patrimônio de R$ 2 milhões, mas não concorreu à reeleição porque teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN).
Evolução dos patrimônios
Na Câmara Federal, seis dos oito eleitos são milionários. Entre as duas legislaturas, os dois reeleitos, Felipe Maia (de R$ 7,4 milhões para R$ 15,4 milhões) e Fábio Faria (de R$ 1,9 milhões para R$ 5 milhões), mais do que dobraram de patrimônio no período.
Quem também dobrou o patrimônio foi Walter Alves, filho do senador Garibaldi Alves. Desde que foi eleito deputado estadual em 2012, o patrimônio declarado subiu de R$ 502 mil para R$ 1,1 milhão.
Tendo percorrido o mesmo caminho da Assembleia Legislativa para a Câmara Federal, Antônio Jácome teve um aumento de R$ 1,7 milhão para R$ 2,4 milhões no patrimônio declarado ao TSE.
Na Assembleia Legislativa, 11 dos 24 deputados estaduais eleitos são milionários. Entre as duas legislaturas, 16 deputados estaduais foram reeleitos. O patrimônio de 11 deles aumentou no período: José Dias, Tomba Farias, Ezequiel Ferreira, Ricardo Motta, Getúlio Rêgo, Nelter Queiroz, Fernando Mineiro (PT), Gustavo Fernandes (PMDB), Márcia Maia (PSB), Hermano Morais (PMDB) e José Adécio, que apesar de não ter sido eleito em 2010, assumiu a vaga e vai terminar a legislatura na Casa Legislativa.
O maior aumento de patrimônio foi do deputado estadual Tomba Farias. A soma declarada pelo político aumentou mais de 500%, passando de R$ 415 mil para R$ 2,1 milhões. Já Nelter Queiroz dobrou o patrimônio em quatro anos. Os bens declarados pelo político passaram de R$ 712 mil para R$ 1,4 milhão em quatro anos.
Os demais crescimentos mais significativos na Assembleia Legislativa foram de José Dias (de R$ 20,6 milhões para R$ 34,5 milhões) e Getúlio Rêgo (R$ 1,4 milhão para R$ 2,2 milhões).
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