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O Facebook acaba de estrear a versão 3.0 de seu aplicativo de troca de mensagens para Android e iOS, o Messenger. Antigos usuários notarão mudanças drásticas em design e funções, repensadas para priorizar quem envia mensagens pelo celular, ao contrário da versão anterior, que era bastante dependente do Facebook no desktop.
Peter Martinazzi, gerente de produto responsável pelo Messenger, falou com exclusividade a INFO sobre as novidades do aplicativo, considerado estratégico no esforço do Facebook em se tornar uma companhia mobile. O app disputa diretamente com o Hangouts, do Google, e o Whatsapp, monstro que possui mais de 350 milhões de usuários ativos mensais (o Facebook não abre o número de usuários do Messenger).
Vestindo moletom, confinado numa sala do escritório do Facebook na Califórnia, Martinazzi não tentava disfarçar seu entusiasmo com o lançamento. Ao longo de 80 dias, ele coordenou uma equipe de vinte engenheiros, dois designers e outros técnicos envolvidos no back-end para lançar o produto.
"A troca de mensagens faz parte do Facebook há um bom tempo. Primeiro, tínhamos apenas o inbox no desktop. Depois, chat em tempo real. Dois anos atrás, lançamos o Messenger, nosso primeiro aplicativo mobile dedicado", diz Martinazzi. "Agora, queremos fazer dele a melhor ferramenta para troca de mensagens no celular."
O aplicativo está mais veloz e com elementos de design e navegação nativos do Android e do iOS. INFO testou o app antes do lançamento, e ele apresentou melhora significativa de performance. "Cada segundo importa, por isso nos esforçamos para torná-lo o mais ágil possível", diz Martinazzi. Além do time de engenheiros dedicados por plataforma, técnicos responsáveis pela programação dos servidores foram parte essencial nesse processo.
Do lado da interface, quase nada lembra a versão anterior. O novo Messenger mal parece um aplicativo do Facebook, mais arejado, com barras e balões pintados numa tonalidade bem mais clara de azul e fotos de perfil em formato circular. No logo, o ícone do raio continua, mas agora vem dentro de um balão arredondado.
"O mais importante não é que as pessoas saibam que este é ‘um aplicativo Facebook’, mas que elas tenham a melhor experiência", diz Martinazzi.
Entre as novas funções que prometem facilitar a vida do usuário, os nomes na lista de contatos vêm separados com dois símbolos: um raio em azul mostra que a pessoa está conectada ao Messenger e será avisada da mensagem; enquanto a letra F em cinza sinaliza que a pessoa não vai receber o alerta no celular, por estar fora do Messenger.
Nomes que estiverem na agenda do telefone, mesmo que não forem amigos no Facebook, também podem ser inclusos entre os destinatários de mensagens. Essas mudanças, Martinazzi aposta, facilitarão a vida de quem quiser mais independência da plataforma desktop do Facebook.
Os ringtones e sons do teclado mudam também, e estão entre as novidades favoritas de Martinazzi, produzidos exclusivamente para o aplicativo por uma empresa terceirizada. "Testamos uma enorme variedade de timbres, mais metálicos e mais orgânicos, até chegar àqueles que colocassem um sorriso no nosso rosto."
O gerente nega que o crescimento da concorrência, principalmente do Whatsapp, tenha influenciado ou preocupado sua equipe durante o desenvolvimento do novo Messenger. "Nosso objetivo sempre foi criar a melhor experiência de troca de mensagens num celular", diz. Agora, é ver se os usuários concordam com a visão do americano.
O Facebook Messenger já está disponível para download na Play Store do Google e naApp Store da Apple. Não há previsão de lançamento para Windows Phone e outras plataformas.
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