As reivindicações dos estudantes que chegaram em ônibus, carros e motos empunhando cartazes, foi mais além. Eles pediram respostas com relação à situação da FM Universitária que está sem sintonia por falta de concessão, funcionando apenas na internet graças ao esforço do professor que a gerencia, e da TV Universitária, um sonho antigo que nunca saiu do papel, embora exista um canal à disposição na TV Cabo Mossoró.
Além de equipamentos para os laboratórios, sobretudo o de Audiovisual, que só possui uma câmera filmadora e três câmeras fotográficas, além de não ter qualquer autonomia para comprar sequer uma mídia, eles também pediram urgência na reavaliação do curso que está prestes a passar por nova mudança.
A Universidade está sendo obrigada a desmembrar as três habilitações (Jornalismo, Radialismo e Publicidade) porém, os estudantes questionam como isso será possível com o atual déficit de professores. Diretamente, faltam três professores para garantir que a execução dos cursos, no entanto, quando se olha de perto, percebe-se que o número é bem maior, considerando a necessidade dos professores de atuar em outras funções gratificadas.
Por fim, os manifestantes pediram que fosse dada atenção ao voto paritário, não apenas nas eleições para reitor e vice, mas também na hora de determinar as comissões que decidem questões internas na Universidade.
Reitor reconhece problemas, mas pede novos diálogos.
O reitor Milton Marques de Medeiros foi receptivo com os alunos e ouviu atentamente suas reivindicações. Mas ele também foi político e se acercou de assessores, além de outros aliados, como é o caso da atual direção do Diretório Central dos Estudantes.
Reconheceu os problemas apontados, falou em limitação financeira e administrativa, porém, ao mesmo tempo, disse que a “universidade não tem qualquer limitação com relação a contratação de professores”.
Seus assessores também demonstraram estar entrelaçados na burocracia institucional e colocaram a culpa de todas as deficiências no governo do Estado.
As pró-reitoras, de Recursos Humanos, Lúcia Musmee, de Ensino e Graduação Glaudionora da Silveira e de Ensino e Graduação, Moêmia Gomes deixaram claro a burocracia jurídica e que, enquanto o governo do Estado não liberar o concurso não haverá professores.
As pró-reitoras e o reitor demonstraram conhecer os problemas há tempo, mesmo assim, sugeriram apenas a criação de uma comissão para iniciar a discutir o assunto. Milton Marques também sugeriu que os diálogos com os alunos devem continuar.
Na próxima semana, o grupo deve se reunir e tentar começar a organizar as questões reivindicadas.
Para o presidente do Centro Acadêmico (CA) de jornalismo, Claudio Palheta, a reunião foi boa, mas não teve muitos resultados práticos. “O reitor ficou botando culpa em Rosalba, mas por que as questões discutidas não foram resolvidas antes de ela assumir o governo?”, questionou.
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