Mais dois episódios negativos envolvendo o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia chamam atenção da sociedade e dos usuários da maternidade que completará um ano de funcionamento no próximo mês de março. Em um único dia, a unidade sofreu ameaça de corte de energia e teve os atendimentos suspensos, exceto os de urgência e emergência, por causa da paralisação dos médicos.
Logo cedo na manhã de ontem, 30, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), representada pelo seu departamento jurídico, dirigiu-se à unidade hospitalar para efetuar o corte do serviço de energia oferecido ao hospital.
Ao comunicar que a energia seria suspensa devido a atraso no pagamento da fatura do mês de outubro do ano passado, a Cosern foi impedida pela direção do hospital. Diante do impasse, a Companhia acionou uma viatura do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que foi ao local, e também não permitiu que a energia fosse cortada.
"A função da polícia foi tentar que as partes chegassem a um consenso. Nossa missão é preservar a vida e manter a segurança pública, por isso não só podíamos tomar alguma atitude sem que tivéssemos informações mais relevantes, e uma Ordem Judicial autorizando a interrupção no fornecimento de energia", destacou o tenente Júlio César.
Para que a situação fosse resolvida, a direção do hospital se reuniu com o departamento jurídico da Cosern, assessoria jurídica da Procuradoria Geral do Estado, e com a Polícia Militar, e após uma hora de discussão, ficou decidido que o fornecimento de energia não seria interrompido.
"A situação foi esclarecida. A Cosern não possuía Ordem Judicial para efetuar o corte. Apenas a fatura do mês de outubro não foi paga, sendo que o Governo do Estado efetuou o repasse à Organização Marca que não fez o pagamento, pelo menos é esse o entendimento da Secretaria de Saúde. Não há dispositivos legais para o Governo nem o Inase efetuarem o pagamento. A responsabilidade é da Marca", revelou Diego Dantas em entrevista coletiva à imprensa.
Ainda segundo o diretor do Hospital da Mulher, a possibilidade da energia da maternidade ser cortada inexiste. "O hospital presta um serviço público essencial, e eu não acredito nessa possibilidade de suspensão. A Cosern ficou satisfeita com os nossos esclarecimentos e agora a cobrança deverá ser feita por outros meios", acrescenta.
Logo cedo na manhã de ontem, 30, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), representada pelo seu departamento jurídico, dirigiu-se à unidade hospitalar para efetuar o corte do serviço de energia oferecido ao hospital.
Ao comunicar que a energia seria suspensa devido a atraso no pagamento da fatura do mês de outubro do ano passado, a Cosern foi impedida pela direção do hospital. Diante do impasse, a Companhia acionou uma viatura do 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que foi ao local, e também não permitiu que a energia fosse cortada.
"A função da polícia foi tentar que as partes chegassem a um consenso. Nossa missão é preservar a vida e manter a segurança pública, por isso não só podíamos tomar alguma atitude sem que tivéssemos informações mais relevantes, e uma Ordem Judicial autorizando a interrupção no fornecimento de energia", destacou o tenente Júlio César.
Para que a situação fosse resolvida, a direção do hospital se reuniu com o departamento jurídico da Cosern, assessoria jurídica da Procuradoria Geral do Estado, e com a Polícia Militar, e após uma hora de discussão, ficou decidido que o fornecimento de energia não seria interrompido.
"A situação foi esclarecida. A Cosern não possuía Ordem Judicial para efetuar o corte. Apenas a fatura do mês de outubro não foi paga, sendo que o Governo do Estado efetuou o repasse à Organização Marca que não fez o pagamento, pelo menos é esse o entendimento da Secretaria de Saúde. Não há dispositivos legais para o Governo nem o Inase efetuarem o pagamento. A responsabilidade é da Marca", revelou Diego Dantas em entrevista coletiva à imprensa.
Ainda segundo o diretor do Hospital da Mulher, a possibilidade da energia da maternidade ser cortada inexiste. "O hospital presta um serviço público essencial, e eu não acredito nessa possibilidade de suspensão. A Cosern ficou satisfeita com os nossos esclarecimentos e agora a cobrança deverá ser feita por outros meios", acrescenta.
Segundo o assessor jurídico da PGE, José Maria Alves, todas as informações referentes ao episódio ocorrido na manhã de ontem serão transmitidas ao gabinete do titular da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), Isaú Girino. "A medida inicial foi evitar o corte, a partir de agora iremos repassar essas informações para o secretário", enfatiza.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Laboratórios e Pesquisas dos Hospitais Particulares de Mossoró (Sintrapam), Luiz Avelino, os recorrentes problemas que afetam o Hospital da Mulher evidenciam uma forma equivocada de administração.
"É lamentável tudo isso que vem ocorrendo. O hospital tinha tudo para dar certo, e com um serviço de qualidade prestado à população, mas a forma de administrar está errada, e a população é a parte mais penalizada na história", conclui Luiz Avelino.
Médicos cruzam os braços por tempo indeterminado
No período da tarde, outro problema foi registrado na unidade hospitalar. Depois de muitas ameaças, os médicos decidiram cruzar os braços em protesto à falta de pagamento dos salários. Com um cartaz fixado na porta do hospital, os servidores comunicaram aos usuários sobre a decisão.
Segundo o diretor do Hospital da Mulher, Diego Dantas, o valor repassado pelo Governo do Estado ao Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), organização que administra o hospital, não foi suficiente para efetuar o pagamento dos médicos e dos prestadores de serviços. Diante da frustração, os médicos decidiram cumprir a ameaça de paralisação programada para a última segunda-feira, 28.
"Nós fomos bastante pacientes com a administração do hospital e o Governo do Estado, mas não temos condições de continuar trabalhando sem receber nossos salários. Os médicos sofreram um calote do mês de outubro quando a Associação Marca deixou a administração do hospital. Agora, o mês de dezembro que deveria ter sido pago até o dia 10 de janeiro não foi efetuado e não temos ideia de quando será feito. Não temos como continuar a prestação de serviço em meio a essas incertezas. Isso é um desrespeito com as equipes que trabalham no hospital", desabafa o neonatologista Maxuel de Oliveira Souza.
O profissional ressalta que dos médicos que trabalham na pediatria do hospital cerca de 50% são de fora e já demonstram insatisfação com a atual conjuntura administrativa da unidade. Ele complementa que já não há escala de plantão para o mês de fevereiro.
Atualmente, 50 médicos trabalham no Hospital da Mulher. "São seis médicos trabalhando diariamente compondo uma escala de plantão de 24 horas", informa o diretor. Segundo ele, a unidade realiza cerca de 600 atendimentos ginecológicos e obstetrícios, mais de 150 partos e cerca de 30 cirurgias eletivas por mês.
Com a paralisação dos médicos, os serviços básicos estão suspensos e caso não seja tomada nenhuma providência por parte do Governo do Estado, esses pacientes que procuram o Hospital da Mulher serão encaminhados para outras unidades de saúde, como a Maternidade Almeida Castro.
"Nós já notificamos a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) sobre a paralisação dos médicos e pedimos providências quanto à questão dos pacientes. No momento, a gente não sabe o que fazer com os pacientes que procuram o hospital em busca de atendimento. Estamos aguardando um posicionamento do Estado, mas se não houver vamos ter que começar a fazer o encaminhamento dos mesmos, o que irá gerar um problema nas outras unidades de saúde, devido superlotação", informa Diego Dantas.
O médico Maxuel de Oliveira Souza informa que os pacientes que já estão internados no hospital continuarão sendo assistidos pelos médicos. "Nós estamos fazendo um protesto, mas vamos fazer com responsabilidade", frisa. Já os pacientes que chegarem à unidade a partir da paralisação somente serão atendidos em casos de urgência e emergência.
Segundo o diretor do Hospital da Mulher, Diego Dantas, o valor repassado pelo Governo do Estado ao Instituto Nacional de Assistência à Saúde e à Educação (Inase), organização que administra o hospital, não foi suficiente para efetuar o pagamento dos médicos e dos prestadores de serviços. Diante da frustração, os médicos decidiram cumprir a ameaça de paralisação programada para a última segunda-feira, 28.
"Nós fomos bastante pacientes com a administração do hospital e o Governo do Estado, mas não temos condições de continuar trabalhando sem receber nossos salários. Os médicos sofreram um calote do mês de outubro quando a Associação Marca deixou a administração do hospital. Agora, o mês de dezembro que deveria ter sido pago até o dia 10 de janeiro não foi efetuado e não temos ideia de quando será feito. Não temos como continuar a prestação de serviço em meio a essas incertezas. Isso é um desrespeito com as equipes que trabalham no hospital", desabafa o neonatologista Maxuel de Oliveira Souza.
O profissional ressalta que dos médicos que trabalham na pediatria do hospital cerca de 50% são de fora e já demonstram insatisfação com a atual conjuntura administrativa da unidade. Ele complementa que já não há escala de plantão para o mês de fevereiro.
Atualmente, 50 médicos trabalham no Hospital da Mulher. "São seis médicos trabalhando diariamente compondo uma escala de plantão de 24 horas", informa o diretor. Segundo ele, a unidade realiza cerca de 600 atendimentos ginecológicos e obstetrícios, mais de 150 partos e cerca de 30 cirurgias eletivas por mês.
Com a paralisação dos médicos, os serviços básicos estão suspensos e caso não seja tomada nenhuma providência por parte do Governo do Estado, esses pacientes que procuram o Hospital da Mulher serão encaminhados para outras unidades de saúde, como a Maternidade Almeida Castro.
"Nós já notificamos a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) sobre a paralisação dos médicos e pedimos providências quanto à questão dos pacientes. No momento, a gente não sabe o que fazer com os pacientes que procuram o hospital em busca de atendimento. Estamos aguardando um posicionamento do Estado, mas se não houver vamos ter que começar a fazer o encaminhamento dos mesmos, o que irá gerar um problema nas outras unidades de saúde, devido superlotação", informa Diego Dantas.
O médico Maxuel de Oliveira Souza informa que os pacientes que já estão internados no hospital continuarão sendo assistidos pelos médicos. "Nós estamos fazendo um protesto, mas vamos fazer com responsabilidade", frisa. Já os pacientes que chegarem à unidade a partir da paralisação somente serão atendidos em casos de urgência e emergência.
fonte: o mossoroense
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