O Brasil perdeu 72.615 vagas formais de emprego em maio deste ano, informou nesta sexta-feira, o Ministério do Trabalho. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.209.991 contratações e 1.282.606 demissões no período. Trata-se do décimo quarto mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada.
O saldo divulgado ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado, que esperavam volume de empregos fechados em maio entre 40 mil e 120 mil. Com isso, a mediana ficou negativa em 88 mil postos.
O número de postos fechados em maio deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 115.599 vagas. Porém, superou o fechamento de 62.844 vagas formais de emprego em abril de 2016.
No acumulado deste ano até maio, o saldo de postos fechados é de 448.101 pela série com ajuste, a mais intensa para o período desde o início da série histórica, em 2002. No acumulado dos últimos 12 meses, o país encerrou maio sem 1.781.906 vagas, também com ajuste.
Setores
O setor de serviços foi o que mais fechou postos de trabalho em maio, com 36.960 vagas extintas no mês passado. As demissões também superaram as contratações nos setores de comércio (-28.885), construção civil (-28.740) e indústria de transformação (-21.162). Houve ainda extinção de vagas na indústria extrativa mineral (-1.195) e nos serviços industriais de utilidade pública (-181).
Por outro lado, a agricultura ampliou a sua mão de obra com 43.117 novos postos, segundo o Caged. Além dela, apenas a administração pública abriu novas vagas, com contratação líquida de 1.391 pessoas.
(Com Estadão Conteúdo)
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