O Aeroporto Augusto Severo sofreu uma redução de 2.853 voos comerciais de 2012 para 2013. A queda foi de 12,49%, o pior resultado do Nordeste e o terceiro pior entre os aeroportos que atendem as 18 capitais incluídas no Anuário Estatístico de Tráfego Aéreo 2013, divulgado no dia 3 pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA), órgão subordinado ao Comando da Aeronáutica e ao Ministério da Defesa. Foram 22.834 voos em 2012, contra 19.981 no ano seguinte.
Júnior Santos
Considerando 18 aeroportos que atendem a capitais, apenas o de Campo Grande (MS) e o de Vitória (ES) foram piores que o do RN
Os únicos aeroportos que atendem capitais com quedas mais expressivas que as de Natal no ano passado foram os de Campo Grande (MS), com redução de 18,74%, e Vitória (ES), com queda de 14,32%. Entre os aeroportos nordestinos incluídos no Anuário, só o de Maceió (AL) teve crescimento: foram 3.178 voos comerciais a mais do que no ano anterior, o que equivale a um aumento de 21,71%.
Em 2012, o Augusto Severo já tinha contabilizado 1.674 voos comerciais a menos em relação a 2011, ano em que Natal chegou a receber 24.508 voos comerciais. A queda na época equivalia a 6,83%. No acumulado de 2011 a 2013, Natal perdeu 4.527 voos comerciais.
No último ano, a aviação militar predominou no RN, compondo 46% das movimentações no aeroporto. Foram 21.832 voos em 2013 dos 47.940 registrados no local. O anuário destacou a realização da Cruzex – exercício aéreo multinacional organizado pela Força Aérea Brasileira – no RN, que contribui para um crescimento da aviação militar no estado de 63% no período.
As outras 6.127 movimentações do aeroporto dizem respeito à aviação geral, que contempla voos de pequenos aviões de propriedade particular até modernos jatos executivos, helicópteros, balonismo, voos de treinamento (para pilotos iniciantes) e outras atividades aéreas.
Quedas
Entre as 18 capitais atendidas pelos aeroportos inseridos no anuário, 14 tiveram queda no número de voos. Questionada sobre o motivo da redução no RN, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que “a escolha das rotas decorre de avaliação que leva em consideração fatores como a infraestrutura das cidades e as características do mercado, condições que determinam a viabilidade da operação”.
Entre 2002 e 2010, a aviação experimentou forte crescimento, diz a Abear, levando a uma redução dos preços médios das tarifas e praticamente triplicando o número de passageiros. Contudo, desde 2011, além dos gargalos de infraestrutura que segundo a Associação persistem, as companhias têm enfrentado alta nos custos, motivada pela desvalorização do real e pela alta do petróleo no mercado internacional, encarecendo o querosene de aviação, que responde por 40% dos custos das empresas.
A Infraero – que administra o Augusto Severo – não respondeu às perguntas da reportagem até o fechamento desta edição.
TRIBUNA DO NORTE
Nenhum comentário :
Postar um comentário