Reginaldo Rossi morreu aos 69 anos nesta sexta-feira (20). O cantor e compositor estava internado na UTI do Hospital Memorial São José, em Recife, capital de Pernambuco. Ele deu entrada na unidade no dia 27 de novembro e foi diagnosticado com um câncer no pulmão no dia 11 de dezembro. Ele fez as primeiras sessões de quimioterapia e hemodiálise, mas não resistiu.
Na noite desta quinta-feira (19), Reginaldo apresentou piora em seu quadro clínico e foi entubado, de acordo com o hospital. Rossi teve uma aplasia medular por causa da quimioterapia, considerada a fase mais crítica do tratamento, quando o paciente perde as defesas e há uma redução na produção de sangue. Os médicos também usaram medicação para controlar a pressão arterial do músico e tentaram se reunir para encontrar outras formas para reverter a situação.
No início desta semana, o intérprete de "Garçom" teve uma leve melhora e deixou os médicos otimistas. Ele estava "sem febre teve uma evolução satisfatória", informou o boletim médico de segunda-feira (16).
Câncer no pulmão
O cantor deu entrada no hospital com dores no tórax, nas costas e muita tosse. Ele realizou diveros exames e fez uma cirurgia para a retirada de dois litros de líquido do pulmão. Após uma biópsia no órgão, ele descobriu que estava com câncer.
Ao saber que estava com a doença, Reginaldo foi bastante positivo. Segundo o empresário Sandro Nóbrega, Rossi disse: "Vamos brigar que eu vou ganhar".
Trajetória na música
Reginaldo Rossi nasceu no dia 14 de fevereiro de 1944, em Recife, Pernambuco. Antes da carreira de cantor, ele estudou Engenharia Civil por quatro anos e chegou a dar aulas de matemática. O interesse pela música teve início em 1964, ouvindo The Beatles e intérpretes da Jovem Guarda.
Em seus primeiros shows, realizados em bares e clubes de Recife, Reginaldo imitava Roberto Carlos. Na época, era acompanhado pelo conjunto The Silver Jets. Em 1966, o selo Chantecler lançou seu primeiro LP, "O pão", música título composta em parceria com Namir Cury e Orácio Faustino.
Em 1970, contratado pela gravadora CBS, Reginaldo Rossi afastou-se do gênero rock e passou a apresentar um repertório dentro do chamado brega-romântico, do qual se tornou um ícone.
No início da década de 80, já na EMI, gravou inúmeras composições suas, como "A Idade do Lobo" e "Uma Tentação", escrita com Bay Santiago. Nessa época, o cantor era um fenômeno de vendas no Norte e Nordeste, mas continuava esquecido no eixo Rio-São Paulo.
O sucesso em todo o Brasil veio com "Garçom". O hit foi lançado em 1987, mas estourou no final da década de 90. Com isso, lançou em 1998 o CD "Reginaldo Rossi Ao Vivo", com seus grandes sucessos, entre os quais, "A Raposa e as Uvas" e "Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme".
Em uma entrevista à revista "Veja", Reginaldo Rossi afirmou se orgulhar do título de "Rei" da música brega. Seu primeiro DVD foi gravado em 2006, com repertório escolhido por ele, composto apenas por grandes sucessos.
Em 2010, mantendo-se fiel ao estilo romântico exagerado, lançou seu segundo DVD, "Cabaret do Rossi". Na apresentação ao vivo, que contou com um cenário com elementos decorativos de um cabaret, fez releituras de grandes sucessos, tais como "Amor I Love You" e, até mesmo, "I Will Survive".
O DVD foi indicado ao 22º Prêmio da Música Brasileira, na categoria melhor álbum de canção popular. No mesmo prêmio, Reginaldo Rossi foi o vencedor na categoria de melhor cantor.
Ao longo da carreira, ele recebeu 14 discos de ouro, dois de platina, um de platina duplo e um de diamante. Teve diversas de suas composições gravadas por diferentes cantores e grupos, entre os quais, o Mastruz com Leite, que gravou um CD com suas composições em ritmo de forró.
fonte : purepeople
postado por : joriongleide santos
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