Uma jovem de 21 anos foi morta a tiros em uma academia na região do Grajaú, na Zona Sul de São Paulo, na tarde de terça-feira (15). Segundo a família, o ex-namorado, com quem ela havia terminado no dia anterior ao crime, foi o responsável pela morte. O caso foi registrado no 85º Distrito Policial.
Iolanda Nunes da Silva namorou o suspeito por cerca de dois meses. A irmã Fernanda Tenório da Silva Sousa, de 27 anos, contou que, na segunda-feira (14), ela terminou o relacionamento por telefone. Inconformado, ele chegou a procurá-la no posto de combustíveis onde ela trabalhava, na região de Parelheiros, na terça.
Depois, ele deixou uma mensagem no celular dizendo que a aguardava em frente à sua casa, mas Iolanda decidiu seguir direto para a academia que frequentava na Rua Avenida Dr. Henrique Guilherme Thut. “Eles discutiram antes de ela entrar. Depois, a atendente da academia disse que ele pediu para falar com a Iolanda e permitiu que ele subisse. Ele deu três tiros. Um pegou no rosto”, afirmou.
A investigação na Polícia Civil diz que o suspeito foi até o equipamento onde a menina fazia exercícios, deixou um objeto no colo da ex-namorada e após breve discussão, deu o primeiro disparo, que atingiu o rosto, um segundo, que atingiu lateralmente, na altura dos seios, e um terceiro, nas costas. Ela chegou ser levada para o Hospital do Grajaú, onde morreu.
De acordo com a família, a atendente da academia reconheceu o suspeito. Procurados, responsáveis pela academia não quiseram se pronunciar.
O delegado titular do 85º Distrito Policial, Osmar Ayres Sobrinho, afirmou que irá pedir a prisão preventiva do suspeito. “Ele foi reconhecido fotograficamente. Nós também temos certeza de que foi ele. É uma questão de tempo para pegá-lo”, afirmou.
“Acho que ela [Iolanda] sabia de alguma coisa que ele aprontou. Ele não pode ser louco, não. Pelo o que ela dizia, ele era uma pessoa calma”, disse a irmã. Após o crime, a família do suspeito ligou para prestar solidariedade e disse que prestaria assistência. “À noite, a gente foi lá e não tinha ninguém mais em casa”, disse a irmã.
As câmeras de segurança de um mercado próximo à academia, registraram o momento em que o suspeito chega em um Audi preto, estaciona, desce do veículo e volta cerca de três minutos depois e foge em alta velocidade.
A tia materna Tereza Cavalcanti da Silva, de 60 anos, se diz inconformada. “Somos uma família do bem. Todo mundo trabalhador. Esse cara não pensou em nada, nem na família nem na filha. É uma injustiça”, disse.
Por volta de 11h30 desta quarta, a família ainda aguardava a liberação do corpo da jovem, que deixa uma menina de 2 anos, fruto de um outro relacionamento. A atendente Maria das Montanhas Tenório, de 40 anos, que também é tia de Iolanda, chorava com a bebê no colo. “Ela está vendo esse movimento todo na casa e está achando que é festa”, contou.
*Letícia Macedo/ G1 São Paulo
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