O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Getúlio Rêgo (DEM), admitiu que se as eleições para a sucessão da governadora Rosalba Ciarlini (DEM) fossem este ano, a democrata não seria candidata a reeleição. A saída da gestora da disputa seria em virtude de um “profundo desgaste” que a administração vem sofrendo conforme as últimas pesquisas eleitorais.
“Se a eleição fosse este ano, Rosalba Ciarlini certamente não seria candidata, pois há um profundo desgaste do ponto de vista de popularidade do governo”, disse Getúlio Rêgo.
Ainda de acordo com Getúlio, os candidatos colocados na disputa para 2014 também precisarão ficar atentos as promessas que serão realizadas. “Quem vier na campanha do próximo ano prometendo resolver os problemas do RN em curto espaço de tempo estará fazendo demagogia”, completou.
Dessa vez, Getúlio fazia referência a difícil situação financeira do RN, que tem tido dificuldades até mesmo para pagar a folha salarial dos servidores. No mês passado, ainda foi preciso realizar cortes nos repasses orçamentários do Tribunal de Justiça, Ministério Público e da Assembleia Legislativa.
Getúlio Rêgo ressaltou ainda, entre os pontos positivos da atual gestão, o fato da governadora conseguir manter uma administração com austeridade, onde “não há uma só manchete de irregularidade”. Uma crítica direta aos anos de governo Wilma de Faria (PSB), marcado pelas operações Higia e Sinal Fechado, além do escândalo do Foliaduto, onde se descobriram supostos desvios e irregularidades com os recursos públicos.
“E se os recursos que estão projetados forem liberados para investimentos em setores importantes, ela poderá se recuperar e não tenho dúvidas que pode ser candidata a reeleição”, afirmou Getúlio.
A governadora projeta altos gastos com projetos de saneamento, que visa atingir a 80% do Estado, e também aguarda a chegada de empréstimos milionários para utilização em diversas áreas da administração.
Recentemente, o mesmo Getúlio admitiu em entrevista a este O Jornal de Hoje o prejuízo sofrido pelo governo com o rompimento oficializado do PMDB com a gestão democrata. O líder da bancada na Assembleia lamentou, primeiro, a redução do número de aliados no Legislativo, diante da saída dos quatro parlamentares peemedebistas da base de apoio rosalbista.
Além disso, continuou Getúlio, o governo também passaria a enfrentar mais dificuldades para conquistar recursos em Brasília. O parlamentar agora se referia a importância dos principais nomes do PMDB, leia-se o ministro Garibaldi Filho e o deputado federal Henrique Eduardo Alves, para manter as portas abertas no Planalto aos pleitos do RN.
Quando perguntado sobre os prejuízos eleitorais com a saída do PMDB do arco de aliados, Getúlio, na época, minimizou. O deputado afirmou ser ainda cedo para se analisar a questão e que, em 2014, o cenário tinha como tendência ser bastante diferente do atual.
Após o rompimento do PMDB, o governo já contabilizou novas perdas. Ontem, foi a vez do PSL anunciar o fim da parceria que se mantinha desde a eleição da governadora. O presidente estadual do partido, advogado Araken Farias, ficou insatisfeito após sua exoneração do cargo de coordenador-geral do Procon. Também esta semana foi confirmada a saída da ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado, do DEM. Símbolo do rosalbismo mossoroense, a ex-gestora está perto de assinar sua filiação partidária ao PMDB, como antecipou seu marido, o deputado estadual Leonardo Nogueira.
Do JH
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