Os gastos oficiais de muitos candidatos a prefeito e vereador no Vale não refletem suas pomposas campanhas eleitorais. Além do tradicional comércio de voto, que este ano parece ter crescido expressivamente, o dinheiro também alimenta muita badalação: inúmeros carros de som na rua e grandes carreatas impressionam e completam a alienação dos eleitores.
Em Itaporanga, alguns candidatos a vereador que declararam à Justiça Eleitoral um gasto máximo de 40 mil reais já torraram três ou quatro vezes mais do que isso pelo que se tem observado. No entanto, a despesa maior deverá ocorrer no dia do pleito, com a tradicional compra de boca de urna. No pleito de 7 de outubro, a estimativa do mercado eleitoreiro é que o preço do voto deverá variar de 40 a 60 reais.
Mas o gasto é ainda maior na disputa pela Prefeitura. Há informação de que já houve carreata nesta campanha em Itaporanga que custou mais de 20 mil reais em função da grande quantidade de motos e carros. A despesa é principalmente com combustível.
Em Conceição e, principalmente, em Piancó, a campanha também está cara: as informações são de gastos expressivos na compra de voto e na promoção de grandes eventos eleitorais.
Os gastos irregulares nesta corrida sucessória são clarividentes não apenas nas três maiores cidades regionais, mas por todos os cantos do Vale. No entanto, tudo é feito para não deixar rastros: a corrupção eleitoral apaga suas próprias pegadas. Com um gasto tão grande, quem se elege ou se reelege termina tirando suas despesas dos cofres públicos e o povo é que paga o pato.
folha do vali
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