Segundo o presidente da Aduern, Flaubert Torquato, a diretoria da associação recebeu um telefonema do secretário de Estado da Administração, Álber Nóbrega, afirmando que a governadora Rosalba Ciarlini iria receber os professores no final da tarde de ontem e pediu que a categoria esperasse o resultado da reunião, não decretando o início da greve. Os professores também decidiram suspender as aulas até o resultado da assembleia.
O indicativo de greve foi aprovado na semana passada, com a reivindicação do cumprimento do acordo firmado entre a Aduern e o Governo do Estado, em setembro do ano passado, que pôs fim à greve de 106 dias na Universidade, com a garantia do pagamento do reajuste de 12,65% a partir de abril deste ano.
Durante a assembleia dos docentes, foi concedido espaço para pronunciamento de representantes dos estudantes, que participaram em grande número para protestar contra a greve.
O estudante do quarto período do curso de Direito, Samuel Lemos, representante do Comando de Mobilização Estudantil de Mossoró (COMEM), afirmou que os estudantes defendem a não paralisação das aulas, mas que não estão contra os professores.
"Somos a favor da Uern, mas defendemos a realização de mecanismos diferentes. Queremos que a greve seja adiada por uma semana, para podermos nos mobilizar, passar nas salas de aula, e informar os alunos sobre o que está acontecendo, fazendo um trabalho de base. Os professores subestimam nosso poder de mobilização", explica.
O estudante reclamou da postura dos professores que entram em greve com uma extensa pauta de reivindicações, mas quando conseguem o reajuste salarial suspendem a greve.
Já o professor Alessandro Teixeira diz que a governadora teve tempo suficiente e essa demora para cumprir o acordo demonstra o descaso com a Uern.
"Participar da audiência é importante para encontrar mais argumentos para pedir pela greve. E neste ano a greve tem que ser diferente do ano passado, que foi um movimento muito passivo", comenta.
Alessandro Teixeira frisa ainda que os estudantes têm que apresentar quais seriam esses mecanismos diferentes que pretendem utilizar e que o questionamento dos discentes sobre a questão salarial é antigo e precisa de um debate mais profundo sobre o tema.
O tesoureiro da Aduern, professor Lemuel Rodrigues, lembra que os professores não querem a greve, porque todos sabem que prejuízos provocados por esse tipo de movimento são enormes. "Nós temos que acreditar sempre”.
Fonte: Defato via cidade news/ via tabuleiro grande news
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